A
Coragem de Ser Eu
Não eu, eu mesmo, myself, o eu total,
id-ego-superego – um eu qualquer, uma identidade, um indivíduo. Como dizem, só
a pessoa sabe onde dói o calo, só ela sabe de sua alegrias e tristezas, suas
somas e multiplicações, suas diminuições e divisões.
O EU
CARICATURADO
Chutaram em 100 bilhões os nascidos, 7,5
bilhões estão vivos.
Nesse amplo mostruário houve muita coragem de
ser, de aparecer, de fazer, de ter filhos, de trabalhar, de ajudar a desenhar o
palco geo-histórico. Apesar de tão dilatada coragem, não vejo um sítio de
estudo do EU, de ser-ter-estar no mundo. Não se trata de
biografias-psicografias e sim de tipos gerais.
E houve quem “não aguentou o esbarro”, como
dizem na minha terra, porque também não é fácil levar a psicologia-razão adiante,
a pressão contrária é muita, é tanta que alguns são estraçalhados e entram em
colapso. Chocaram-se contra o muro e mergulharam de vontade própria na
inexistência: com permissão das famílias, mas sem falar nomes, deveriam contar
a passagem desses, suas crescentes dificuldades e final capitulação ao desastre
do auto afastamento – aprenderíamos com esses problemas, talvez ajude alguém a
evitar tais trilhas.
Em resumo, mostrar as vidas-psicologias.
Que corajosa gente foi essa, tanto a livre
quanto a escravizada, um tipo por dia, em pouco menos de 12 anos quatro
milhares.
Vitória, domingo, 5 de março de 2017.
GAVA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário