terça-feira, 13 de dezembro de 2016


Os Motoqueiros Fantasmas da Máfia Contra os Zumbis Vampiros da Yakuza

 

Meu filho viu filme e resumiu de modo que não recorda: encompridei para o título, visando retratar o livro de Fábio M. Barreto, Filhos do Fim do Mundo, Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2013.

Não acredito no lema “se não tem nada de bom para dizer, não diga nada” porque, fosse assim, não poderíamos comentar os livros malignos ofensivos às famílias e às crianças ou as tramas perversas de Hellwood, que visam implantar costumes sórdidos (já listei isso, vá ler). Contudo, procuro ardentemente algo de bom e significativo em tudo e neste livro encontrei isto:

1.       Não foi escrito em ideogramas, teria sido muito mais difícil ler;

2.      Não é em língua estrangeira, poderia ter sido traduzido.

O LIVRO.
                            O AUTOR.
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O tema é espantoso: todos com menos de um ano de idade morrem (crianças, primatas, animais, plantas, fungos, arquea) e os que vão nascendo morrem também, até certo dia no fim do livro em que nasce o primeiro vivo, filho do jornalista. Também é notável o jornalista ser chamado de Jornalista, o médico de Médico e assim por diante. Não sei se alguém pensou que sem fungos e bactérias (boas e más, existem 100 trilhões em 2,0 kg em nosso trato intestinal, nossa flora bacteriana fundamental; tem ciclo vital curtíssimo, reproduzem-se a velocidades extraordinárias) morreríamos, não teríamos mais queijos e cervejas e nada fermentado; sem as abelhas (desapareceram em parte, veja na Web que os EUA fizeram do sumiço de 40 % delas questão de Estado) sumiriam as amêndoas e as flores, com estas inúmeros produtos; moscas e mosquitos (em parte seria bom, mas isso levaria ao sumiço de sapos e vários outros). Enfim, a Rede Vital que nos ampara entraria em colapso. Na realidade, o livro dele é excelente exercício para os biólogos-p.2 e mostra como podemos ser tolos em nossas hipóteses. Não há explicação nenhuma de porque todos os de menos de um ano morreram e porque recomeçam os nascimentos.

Poderia ficar horas aqui escrevendo detalhes.

O estilo é truncado, com muitos pontos, diferentemente dos grandes autores (escrevo assim, mas são artigos curtinhos, uma página, porque se trata de escrever e sair, deixar a ideia sem alongamentos e floreios).

Lá pelas tantas, aparecem zumbis, que ficamos sabendo não serem realmente zumbis e sim um casal presente em batida de carro, donde saiu carregando um braço ensanguentado (talvez na expectativa de recolocação, não diz). Muitos tiroteios, muitas mortes.

Arre! Li até o fim, foi doloroso.

Vitória, terça-feira, 13 de dezembro de 2016.

GAVA.

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