Mapas Qualitativos
A
gente era e é de um tempo em que os mapas eram e são mostrados em duas
dimensões, no papel, com as quatro cores mínimas tradicionais que permitem as
separações dos conjuntos – de modo que se a totalidade das informações cresceu
tanto em relação ao passado, é bem pouco o que temos em relação aos sonhos de
futuro.
Resta incorporar a
terceira e a quarta dimensões.
A terceira é a que
leva do plano ao espaço, das duas às três dimensões tricoordenadas cartesianas.
A quarta com certeza é o tempo, o ponto onde as três outras se reúnem. Ele
permitiria o trânsito entre o passado, o presente e o futuro.
Com o espaço
poderíamos ver nos mapas planos as produções em histogramas, colunas ascendendo
ao céu. Poderíamos ter as distâncias reais de uma capital a outra, de uma
cidade a outra, pelas estradas de rodagem ou de ferro entre dois pontos
marcados, por avião, ou seguindo rios, ou pelos oceanos. Poderíamos apontar uma
cidade e ver sua produção de aço, de carvão, de petróleo refinado, o que fosse.
Poderíamos compor cones e hipercones com as produções, vendo até onde umas
dominam as áreas adjacentes, conforme sugerido no modelo e nas posteridades e
ulterioridades. Ver os sistemas de esgotos, os conjuntos de moradias e suas
datas de construção, os terrenos vagos, as fábricas e de onde tiram os insumos,
enfim, um trilhão de informações dinamizadas.
Com o tempo
perceberíamos a evolução dos produtos, das culturas, dos elementos todos,
permitindo-nos raciocinar com maior fidedignidade.
Em resumo, a
geo-história já nasceu na Terra?
Eu penso que a que
existiu, ainda separadas a geografia e a história, é primitivíssima,
atrasadíssima, um abismo de falta de interesse. Não é atoa que as crianças não
se apaixonam, só gostam porque é fácil de memorizar, não necessitam raciocinar
como na Matemática e na Física. Com toda vivacidade que têm não se apaixonam,
não vibram, ficam passivas, não intervêm.
Ao contrário,
proponho uma GH de terceira e de quarta dimensões, com programáquinas
extraordinários, fantásticos mesmo, a tal ponto apaixonantes que as pessoas não
quererão mais largar. Claro que depende de milhares de pesquisadores &
desenvolvedores prateóricos, tais como tecnartistas e arquiengenheiros, entre
outros, mais os cientistas e todos os grupos de conhecedores.
Trata-se de
aproximar o mundo real ao máximo de uma representação apropriada, a mais
próxima e adequada possível, quase como se fosse o real mesmo, porém melhor
ainda, porque o real interpretado por milhares e mesmo milhões em favor de um
único leitor ou vedor.
Daí teríamos ATLA
1.0, e segue, no conjunto ATLA’s, mapas-múndi, mapas-do-mundo. Quantas
informações (e controles ou comunicações) poderíamos colocar num mapa virtual?
Uma infinidade, vasculhando centímetro por centímetro do planeta Terra, uma
criação contínua desses milhares, partícipes de uma firma nossa, algo muito
maior que a Microsoft do Bill Gates.
Umas obras
essencialmente belas, emocionantes.
Vitória, sábado, 29
de junho de 2002.
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