sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017


Um Projeto para o Nordeste

 

                        O certo seria as agências todas (bancos, bancos de desenvolvimento, SUDENE, governos estaduais locais, governos estaduais das demais unidades da Federação – que, afinal de contas, financiam a gastança -, governos municipais/urbanos, governos nacionais, governo mundial – ao menos o G8 como convidado) sentarem por anos seguidos, junto com as empresas, as universidades, a Igreja, as forças vivas socioeconômicas, os operários e seus sindicatos, as ONG’s (organizações não governamentais) para traçarem um amplo painel de desenvolvimento psicológico (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) do Nordeste brasileiro, criando um GTNE (grupo de trabalho do NE) com endereços reais e virtuais representando o INTERESSE UNIVERSAL nos avanços daquele povo, que monta várias dezenas de milhões de pessoas em dez estados.

                        Ficar nas mãos das elites locais não dá mais, porque aquilo é um ralo de dinheiro suado (imagine os milhões de transpiradas horas-homem dos brasileiros e dos estrangeiros que são desviadas para aumentar as barrigas dos coronéis e dos barões regionais), ano após ano indo para lá bilhões de dólares que desaparecem para nunca mais serem vistas em mãos dos destinatários reais. É preciso dar fim categórico a esse desperdício complacente!

                        A mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet) deve ficar atenta, noticiando tudo, desventrando todas as mamatas, todas as putarias, todas as sacanagens. Um COMPROMISSO GERAL deve manter-se atento, segundo a segundo, perseguindo e enjaulando os bandidos, de modo a fazer brilhar o Nordeste, que pode ser para a humanidade o que o Sudoeste americano é nos EUA, uma terra de grande alegria e descobrimentos.

                        A área de lá é de 1.553.917 km2, com 47,7 milhões de habitantes em 2000, média de 155,4 mil km2 e 4,8 milhões de pessoas por estado, o que não é pouco (comparando com o Espírito Santo de 45,6 mil km2 e 3,2 milhões de moradores). É uma região ensolaradíssima, com boas terras que precisam de adubação e irrigação. Bem cuidada por render muito mais que os apenas 13 % de participação no PIB nacional e muitos trilhões de dólares, como o Oeste americano, desde que possa tornar-se eficiente, o que é questão de afastar as elites locais da gerência sem arredá-la dos lucros que virão.

                        Em particular devemos cuidar de nos nossos negócios comprar por lá todas terras dentro do orçamento cauteloso, especializando todo um escritório nisso, e de nos associarmos a empresas dos lugares. Certamente vai haver uma explosão tanto populacional quanto de riqueza naquele retângulo privilegiado, ao mesmo tempo mais próximo da América do Norte, da África e da Europa que o Sudeste brasileiro. Como diz o povo, um “filé”, um petisco socioeconômico hoje desprezado, infelizmente. É preciso colocar um grupo tarefa avaliando continuamente, ano após ano, juntando informações, procurando ver onde os donos locais erraram – como é que o desprezo deles levou à presente situação de miséria e como a propaganda bem-feita (real, sem exageros) pode reverter a situação.

                        Vitória, sexta-feira, 06 de junho de 2003.

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