Um Projeto para o
Nordeste
O certo seria as
agências todas (bancos, bancos de desenvolvimento, SUDENE, governos estaduais
locais, governos estaduais das demais unidades da Federação – que, afinal de
contas, financiam a gastança -, governos municipais/urbanos, governos
nacionais, governo mundial – ao menos o G8 como convidado) sentarem por anos
seguidos, junto com as empresas, as universidades, a Igreja, as forças vivas
socioeconômicas, os operários e seus sindicatos, as ONG’s (organizações não
governamentais) para traçarem um amplo painel de desenvolvimento psicológico
(figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias,
organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) do Nordeste
brasileiro, criando um GTNE (grupo de trabalho do NE) com endereços reais e
virtuais representando o INTERESSE UNIVERSAL nos avanços daquele povo, que
monta várias dezenas de milhões de pessoas em dez estados.
Ficar nas mãos das
elites locais não dá mais, porque aquilo é um ralo de dinheiro suado (imagine
os milhões de transpiradas horas-homem dos brasileiros e dos estrangeiros que
são desviadas para aumentar as barrigas dos coronéis e dos barões regionais),
ano após ano indo para lá bilhões de dólares que desaparecem para nunca mais
serem vistas em mãos dos destinatários reais. É preciso dar fim categórico a
esse desperdício complacente!
A mídia (TV, Revista,
Jornal, Livro, Rádio e Internet) deve ficar atenta, noticiando tudo,
desventrando todas as mamatas, todas as putarias, todas as sacanagens. Um
COMPROMISSO GERAL deve manter-se atento, segundo a segundo, perseguindo e
enjaulando os bandidos, de modo a fazer brilhar o Nordeste, que pode ser para a
humanidade o que o Sudoeste americano é nos EUA, uma terra de grande alegria e
descobrimentos.
A área de lá é de
1.553.917 km2, com 47,7 milhões de habitantes em 2000, média de
155,4 mil km2 e 4,8 milhões de pessoas por estado, o que não é pouco
(comparando com o Espírito Santo de 45,6 mil km2 e 3,2 milhões de
moradores). É uma região ensolaradíssima, com boas terras que precisam de
adubação e irrigação. Bem cuidada por render muito mais que os apenas 13 % de
participação no PIB nacional e muitos trilhões de dólares, como o Oeste
americano, desde que possa tornar-se eficiente, o que é questão de afastar as
elites locais da gerência sem arredá-la dos lucros que virão.
Em particular devemos
cuidar de nos nossos negócios comprar por lá todas terras dentro do orçamento
cauteloso, especializando todo um escritório nisso, e de nos associarmos a
empresas dos lugares. Certamente vai haver uma explosão tanto populacional
quanto de riqueza naquele retângulo privilegiado, ao mesmo tempo mais próximo
da América do Norte, da África e da Europa que o Sudeste brasileiro. Como diz o
povo, um “filé”, um petisco socioeconômico hoje desprezado, infelizmente. É
preciso colocar um grupo tarefa avaliando continuamente, ano após ano, juntando
informações, procurando ver onde os donos locais erraram – como é que o
desprezo deles levou à presente situação de miséria e como a propaganda bem-feita
(real, sem exageros) pode reverter a situação.
Vitória, sexta-feira, 06
de junho de 2003.
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