Filmes Policiais
Brasileiros
Os filmes policiais
americanos são sabidamente violentos, com tiroteios infindáveis, ao passo que
os brasileiros mostram “a face negra” dos policiais (indivíduos), de suas
corporações e dos governos por trás deles. Não há nada de edificante, só o lado
degradante, quando se sabe que a soma é zero.
NÓS VEMOS e sentimos
na pele a truculência dos policiais daqui. Porém, vendo que as traduções na
Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas,
Livro 2) são policiais = AMIGOS = INIMIGOS = SUJOS = SANTOS = PUTOS = SAFADOS,
etc., aqui só se mostra o lado ruim, o lado péssimo deles, sempre o da
inimizade, tanta raiva temos do Estado neste país, como símbolo de tanta
canalhice, de tanta velhacaria, de tanto acoitamento de desejos escusos.
Entrementes, é
claro, outro tipo de enredo pode ser construído, tanto no Brasil quanto nos EUA
e no resto do mundo. Também não vá a gente, futuramente, construir filmes
docinhos, refrescantes, puros, santificados, acreditando que os policiais não
são ruins, pois são, uma grande parte deles.
De preferência os
cineastas deveriam ser isentos, mostrando tanto um lado quanto outro da moeda.
Depois, há cinco
regiões a olhar, com suas particularidades, num país imenso, com um décimo das
áreas aproveitáveis (as terras emersas são de 140 milhões de km2,
mas pelos meus cálculos só uns 90 milhões podem ser realmente usados pela
humanidade – tendo o Brasil 8,5 milhões de km2, isto naturalmente é
a décima parte) do planeta.
Há algo errado com
esses cineastas e investidores brasileiros, que em primeiro lugar não conseguem
ter autonomia, e em segundo não conseguem ver em profundidades os elementos
constitutivos de uma brasilidade mais dilatada.
Vitória,
terça-feira, 17 de junho de 2003.
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