sábado, 25 de fevereiro de 2017


Malícia

 

                            Desde os spyware, ou como se chamem, programas que entram para espionar e remeter dados dos nossos computadores aos solicitantes remotos, a tremendas cagadas universais, fácil é fazer, difícil é limpar a reputação, inclusive de dívidas, o que também deixei acontecer para posteriormente servir de lição.

                            O que tenho visto de malícia no mundo-Terra é completamente indizível, mas creio que o Brasil é campeão, logo o país que teve mais dádivas e mais foi amado por Deus, digamos assim. Torturas indizíveis, gente que nos fere de propósito e pensadamente, ofensas, ocultamentos, traições, desvios, corrupções, todo o lado ruim do dicionário. Gente que coloca preço a maior, como na padaria que nos deu crédito, gente que rouba no peso, que, como nos contou um camarada no Bar do Pezão, tirava uns centímetros em cada vara de ferro, de modo que ao fim de um tempo acumulava um caminhão inteiro; ou que diminui 50 ou 100 gramas num saco de café de 50 kg, a ponto de ir fazendo fortuna – este planeta está pejado, envergonhado, carregado, está pesado da dor dos enganos.

                            Então, que essa gente pague por décadas a malícia, A INTENÇÃO DE FAZER MAL quando não tenha sido provocada abertamente, quando não seja resposta a gesto de malícia ou descaso pretérito. Há que ter educação, eu acho, é fundamental até em revolucionários, ou principalmente neles, no ardor das batalhas e das guerrilhas. A educação é primordial porque diz não só de onde a pessoa vem, mas principalmente para onde ela irá.

                            Há sites ou sítios nos quais a gente entra e que vem empurrando uma porção de outros, que não pedimos. Fosse eu empresário e tivesse bastante dinheiro colocaria hackeres pagos para destroçar os computadores dessa gente que não respeita nada, perseguindo-os onde fossem. Na Rússia são quase todos, nos EUA também e no Brasil são vários, mas Portugal, por outro lado, é agora um país purificado e santificado, pode-se confiar, de certo modo, sempre tendo um passo atrás, porque o demônio voa encima.

                            É um planeta difícil de se viver.
                            Vitória, terça-feira, 10 de junho de 2003.

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