Kazaa
Segundo dizem o
Kazaa é a versão em inglês e o Kazaa Lite a versão em português. Neste momento
não tenho condições de saber ao certo.
Em todo caso o que
se sabe é que eles puxam músicas na Internet – centenas, milhares. Quando em
banda larga podemos puxar o quanto quisermos, e rapidinho. Supostamente isso
prejudicaria a indústria fonográfica, mas no modelo aprendi a ver tudo em soma
zero. Se é fato que puxando podemos ouvir sem pagar, sei que em mim despertou a
vontade de comprar de novo CD’s, o que eu não fazia há anos, porque fiquei com
raiva dos artistas, especialmente os músicos.
Analisando
friamente, eles nos permitem ouvir todo tipo de música, com seus ritmos
associados e suas danças características, de todo país do mundo, e a qualquer
artista, extraindo-as de qualquer álbum, qualquer selo, desde que saibamos como
buscar. É como com os livros: antes, se eu precisasse de uma palavra ou verbete
qualquer deveria ter em casa um dicionário e uma enciclopédia, necessariamente
caros (as), ao alcance de poucos. Passa-se agora o mesmo que com Gutenberg, na
transição da Idade Média: a invenção por ele dos tipos móveis criou o mundo
moderno, depois o contemporâneo. A partir de 1991, quando, penso, deu-se a
transição para o mundo pós-contemporâneo, com a Queda da URSS, a inauguração da
Internet em 1989 possibilitou esse novo salto que está se dando mesmo sob as
nossas barbas, bem à nossa frente, sem que muitos se deem conta.
A Internet e
instrumentos como o Kazaa, o Google e outros estão possibilitando acesso livre
e imediato a todas as palavras, conceitos, conversações, pensamentos,
multiplicando por mil, já, e por milhão, mais tarde, tudo que se fazia até
1988.
E assim é também com
a Música geral, agora universalizada. Podemos ficar conhecendo músicas de todos
os povos, quando antes não compraríamos os discos, por falta de recursos,
sempre dirigidos preferencialmente às nossas próprias expressões. No mínimo o
Kazaa é um serviço fantástico à globalização.
Vitória,
terça-feira, 17 de junho de 2003.
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