segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017


De Sete em Sete Anos

 

                            Pensei que seria interessante listar os seres humanos em grupos de idades, por exemplo, até sete, de oito a quatorze, de quinze a vinte e um, de vinte e dois a vinte e oito, e assim sucessivamente, em termos de realizações, isto é, por exemplo, que pessoas produziram antes dos sete anos.

                            Mozart (Wolfgang Amadeus, austríaco, 1756 a 1791, apenas 35 anos entre datas) aos 11 anos já compunha óperas e aos 16 tinha 135 obras de todos os gêneros. Começou a tocar piano aos quatro.

                            Claro, aí também se aplica a curva do Sino ou de Gauss, dando-nos a estatística com quantos, nos atuais 6,2 bilhões de seres humanos, poderemos esperar contar para a composição precoce de obras de grande significado humano. Com quantos, em cada milhão? Se um em cada cem mil teríamos no atual contingente populacional mundial 62 meninos e meninas podendo desde cedo (sem perder a infância, pois no corpo, nos sentimentos, são crianças) ajudar o trabalho de crescimento. Se for esse tanto, no Brasil teríamos 1,75 mil. É um patrimônio formidável, que exige, como já se sabe, tratamento especial, especialíssimo.

                            Obtendo as faixas, poderíamos reprogramar as escolas. Isso dependeria de identificação feita pela Academia geral, as universidades do mundo inteiro que são, fiquei surpreendido, seis mil, um número por demais expressivo e em si mesmo uma alegria.

                            Pode ser qualquer outra escolha, mas como a entrada na escola se dá aos sete anos, pensei nessa múltiplo. E há gente que, apresentando-se tardiamente, compõe obras maravilhosas, tendo tempo de amadurecer. Não pode haver julgamento de valor, é apenas questão de utilidade.

                            Vitória, segunda-feira, 23 de junho de 2003.

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