Grã-França

 

                            No livro de Hart, página 393, ele diz de Guilherme, o Conquistador (o duque Guilherme da Normandia, França, c. 1027 a 1087) da Inglaterra em 1066: “Durante os cinco anos seguintes houve uma série de revoltas esparsas, mas Guilherme conseguiu vencer todas elas, e as usou como pretexto para confiscar as terras da Inglaterra e declarar que eram sua propriedade pessoal. Grande parte delas foi dada para os seus mais importantes seguidores normandos, que delas tomavam posse como feudos, sob vassalagem real. Como resultado, virtualmente toda a aristocracia anglo-saxã ficou sem posses, sendo substituídas pelos normandos. (Mesmo que pareça muito dramático, apenas alguns milhares de pessoas se viram envolvidas diretamente nessa transferência de poder, pois para os camponeses que cultivavam a terra, houve apenas uma mera troca de donos) ”.

                            Ele diz também que antes de 1066 não havia conflitos entre a Inglaterra e a França, ao passo que depois eles se tornaram comuns, ou seja, franceses combatem franceses acirradamente. Quando Joana d’Arc enfrentou os do outro lado estava escorraçando franceses. Foram os descendentes de Guilherme que se tornaram no século XVI protestantes anglicanos. E essa foi a última invasão vitoriosa de estrangeiros em solo grão-bretão.

                            Segundo a Barsa eletrônica a Normandia “é uma região histórica e cultural do norte da França, à margem do Canal da Mancha, onde compreende os departamentos de Manche, Calvados, Orne, Eure e Seine-Meritime”. Se é cultural é nação, com povelite que se identifica como tal, potencialmente separatista – mas eles gostam de ser franceses.

                            Na Rede Cognata francês = INGLÊS.

                            Na realidade a Grã-Bretanha é a Grã-França. A Bretanha, por outro lado, também fica na França, situando-se no Noroeste dela, tendo 27.184 km², pouco mais da metade da área do Espírito Santo, que é de 45.597 km² - e segundo a lenda a Bretanha era uma das terras do Rei Arthur, cuja Camelot, supostamente, se assentava na Inglaterra.

                            Veja, tanto à Bretanha francesa corresponde uma Grande-Bretanha inglesa, quanto existe uma Normandia na França, que forneceu aquele duque que se tornou rei da Inglaterra e do qual são descendentes todas as dinastias posteriores. França e Grã-Bretanha são primos que brigam entre si, como judeus e árabes.

                            Vitória, domingo, 15 de junho de 2003.