domingo, 26 de fevereiro de 2017


Os Pares de Lao

 

                            Hart, no livro já citado, p. 413, fala de Lao Tzu, colocando-o em 73º lugar em 100, 72 na sua frente. Nessa página, diz: “O conceito, entretanto, é algo obscuro, pois o Tao te Ching propriamente dito começa afirmando que ‘O Tao que pode ser dito não é o Tao eterno; o nome que pode ser nomeado não é o nome eterno’. Mesmo assim, podemos dizer que Tao significa aproximadamente Natureza ou a Ordem Natural”.

                            Na Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalítica, Livro 2), Tao = T = EQUILÍBRIO = TERRA = BOLA (gravitacional, centrípeta) = BALDE (é a versão centrífuga da outra) = TODO = TELA, etc.

                            Aí faz sentido: O EQUILÍBRIO QUE PODE SER DITO NÃO É O EQUILÍBRIO ETERNO, O MEIO QUE PODE SER MODELADO NÃO É O MEIO ETERNO (= ORIGINAL). Por uma razão só, precisaríamos estar na Tela Final, onde só Deus pode estar, depois do salto não-finito, para, compreendendo tudo, compreendermos o Equilíbrio (em maiúsculas conjunto ou família ou grupo de equilíbrios). Sempre, do lado de cá, falaremos de um T ou Tao incompleto, impreciso, não plenamente determinado. Vendo desse modo podemos concluir que o conceito está longe de ser obscuro. Aliás, é claríssimo, cristalino. Nenhum ser, só por ser, só por ser racional, pode ser completamente equilibrado, o que só se conseguiria SENDO O UNIVERSO, como Deus = DUPLO = DOIS, que é TODOS-OS-PARES de opostos/complementares.

                            Depois Hart diz que o Tao te ching pode ser colocado numa única folha de jornal, o que prova somente que os melhores perfumes vêm nos menores frascos e que tamanho não é documento.

                            Lao viveu lá pelo sexto século antes de Cristo, na mesma época de tantos iluminados (Confúcio, Buda, Pitágoras), embora Hart diga diferente. Como sempre Hart é de uma incapacidade total de perceber, mas se propõe ensinar grandes valores, como isto de classificar.

                            Ora, Lao é um iluminado, e os seus pares (para fazer um trocadilho com os pares polares de opostos/complementares, de que trata tão magistralmente a ponto de avançar indicações) são os iluminados, coisa de uma dezena, não mais, talvez treze. Não podem ser colocados nessas listagens limitadíssimas.

                            Vitória, sábado, 14 de junho de 2003.

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