As Duas Nações
Paul A. Samuelson
diz em seu livro, Introdução à Análise
Econômica I, 7ª. Edição, quarta tiragem, Rio de Janeiro, 1973, páginas 13 e
14:
“Não apenas a
Economia é ao mesmo tempo uma arte e uma ciência, mas, como matéria pode
combinar os pontos atraentes tanto de Humanidades como das ciências. Sir
Charles Snow, cientista e novelista, pediu que se acabasse com a separação ‘das
duas culturas’”.
Vejamos no
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática) a reunião se daria entre a cultura de cima e a
cultura de baixo, entre um e os demais vértices, para todos, entre esquerda e
direita, entre técnicas e artes em tecnartes, entre pobres e ricos, entre
nortistas e sulistas, entre os do Leste e do Oeste, entre os do Ocidente e os
do oriente, entre negros e brancos, entre mulheres e homens.
Falar é fácil, mas
para resolver mesmo é preciso fazer um manso esforço contínuo, desassombrado,
amistoso, categórico. Não se trata apenas das economias (agropecuária/extrativismo,
indústrias, comércio, serviços e bancos), nem das psicologias (psicanálise,
psico-síntese, economia, sociologia e geo-história), e sim de tudo, mesmo, o
que quer dizer basicamente RENÚNCIA, aceitação, receber em casa o inimigo
jurado – e isso não é fácil, pois desde dois mil anos atrás Jesus pede, “amai o
próximo como eu vos amei”, irrestritamente, sem quaisquer limites, e sem
grandes resultados. Como sabemos de termos falhado tantas vezes, isso não é
fácil, o que é retratado pelas separações raciais, sexuais, sociais e tantas
outras. Operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas separados,
nações divididas, guerras, tudo isso diz que ainda teremos muito trabalho pela
frente antes que estejam juntas as duas nações.
Vitória,
terça-feira, 24 de junho de 2003.
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