O Prêmio
de Pulitzer
Joseph Pulitzer,
segundo a Barsa de papel, São Paulo, 1993, p. 89, volume 13, foi jornalista
americano de origem húngara (1847 a 1911, 64 anos entre datas). Ganhava
dinheiro “fácil”, ou seja, tinha boa visão de negócios, indo às trocas mais
vantajosas.
Comprou e vendeu
jornais, ganhou bastante dinheiro e depois instituiu o prêmio que leva seu
nome, agora famoso. Embora tenha em seu passivo o ter apoiado a guerra
americana contra a Espanha, por outro lado apoiou as reivindicações trabalhistas
e “(...) doou parte de sua grande fortuna à escola de jornalismo da
universidade de Colúmbia, inaugurada em 1912”. Não vejo os empresários
brasileiros, mormente os da mídia, fazendo isso, talvez porque eles prefiram
sonegar de montão (nem todos, claro, há as exceções que honram o mundo).
O prêmio foi
instituído em 1917 e é concedido anualmente pela Universidade de Colúmbia. Os
jornalistas americanos ficam alucinados; pelo menos é o que a gente vê pelo
cinema.
É curioso, isso, nos EUA, e eu gostaria de
saber quantos similares há no restante do mundo. Isso é distintivo de lá? As
outras nações fizeram? Antes ou depois? De que tipo? Porque, veja, embora
prêmios sejam, como o dinheiro, fonte de separação, de diferenciação,
classifiquem como superior e inferior (e porisso mesmo sejam por princípio
detestáveis), por outro lado é verdade que imprimem no ser o sobre-esforço em
nome do coletivo de produção, do que redunda muita coisa boa.
Assim, chega lá o
Pulitzer, ido da Hungria como migrante, trabalha à bessa, negocia, ganha
dinheiro e num ato de desprendimento doa grande parte de sua fortuna. Claro,
muitos outros fizeram a mesma coisa, mas louvo agoraqui a ele, porque saiu de
si, porque se doou, pelo menos nisso. Não fosse a grandeza humana, onde estaríamos
nós todos agora? Teríamos sido irremediavelmente condenados ao desaparecimento.
Vitória,
terça-feira, 17 de junho de 2003.
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