domingo, 26 de fevereiro de 2017


O Gênio Radiguet

 

                            Raymond Radiguet foi escritor francês (1903 a 1923, apenas 20 anos entre datas, não aparece na Barsa eletrônica) e dele a Barsa de papel fala isto: “Seu primeiro romance, Le Diabre au corps (1923: Com o diabo no corpo), foi lançado por uma campanha publicitária sem precedentes, em que o autor foi saudado como gênio”. Talvez fosse mesmo, teve pouco tempo para demonstrar; o que se pode fazer até os 20 anos, se os sete anos iniciais são de desconhecimento de nós, mais oito são de aprendizado na escola fundamental, somando 15, restando apenas cinco para qualquer aspiração? Dos 15 aos 20 pode-se fazer muito pouco, estamos imaturos.

                            Em 1946 o livro foi levado às telas, com repercussão internacional, o que prova o potencial do autor. Tivesse ele vivido mais talvez nos tivesse legado grandes obras adicionais.

                            Bom, aqui duas coisas: a) não é bom esse excesso de apresentação, porque a geo-história diz que tudo lançado com espalhafato dura pouco ou dá errado; b) devemos perguntar em quanto tempo se pode apresentar a genialidade. Alguns começaram bem cedo, aos quatro ou cinco anos, e há garotos doutorados aos 13 anos. Isso põe a curiosidade de a Academia pesquisar no mundo inteiro como se apresentaram os seres humanos, lado masculino e lado feminino, listando-os por suas obras iniciais e continuada apresentação nas tecnartes (são 22 as até agoraqui identificadas) e no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) inteiro. Gostaríamos de saber, seria um grande livro, ver como as mentes, mal despertadas do útero, pouco além dos nove meses, já se completam muito cedo como programáquinas individuais, como mentes plenamente competentes em tantas áreas. Digo e repito que a Academia está perdendo tempo.

                            Vitória, domingo, 08 de junho de 2003.

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