A
Geo-História do Elevador
Numa quarta-feira, 25 de junho de 2003, quase
14 anos passados, escrevi o texto abaixo. Agora estou aposentado, naquele ano
estava na ativa (até 07 de julho de 2015) e conto isso para falar dessa
maravilha que é o universo e da maravilha mais gratificante que é perscrutá-lo.
Escrevia de manhã (em virtude da insônia, acordava muito cedo), antes de sair,
no serviço se havia folga não comprometedora, de noite ao voltar, de domingo a
domingo; dia útil, sábado, domingo e feriado – e falo isso para demonstrar
minha alegria insopitável, incontrolável.
Não fosse OTIS (os elevadores Otis ainda são
fabricados) as cidades seriam muito mais espalhadas, ocupando o dobro, o
triplo, até 10 vezes a área de agora, tomando muito mais espaço à agropecuária
ou impedindo (o que talvez fosse bom) a expansão desenfreada da população, que
força tanto o planeta.
OTIS
E SEU ELEVADOR
Elevador
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um elevador ou ascensor é um equipamento de transporte
utilizado para mover bens ou pessoas verticalmente ou diagonalmente. O
primeiro elevador foi construído em Roma
no século I a.C., por
um engenheiro chamado Vitrúvio. Neste mesmo
modelo de elevador, o mecanismo era um sistema de transporte de carga
vertical composto por um conjunto de roldanas movidas por força humana
(muitas vezes escrava), animal, ou água.
Em 1853, o americano Elisha Graves Otis
concebe o dispositivo de segurança que entra em ação no caso de os cabos se
romperem.[1]
O primeiro elevador elétrico foi construído por Werner von Siemens
em 1880[2], sendo o Savoy Hotel
o primeiro a possuir tal equipamento.[3]
Os elevadores mais rápidos do mundo estarão, a partir de 2016, no Guangzhou CTF Finance Centre, um arranha-céus
em construção em Guangzhou, República Popular
da China:[4] serão capazes de atingir 72,4 km/h,
subindo do primeiro piso ao piso 95 em 43 segundos.[4]
No Brasil, o elevador mais antigo da cidade do Rio de Janeiro, no Castelo Mourisco,
encontra-se na FIOCRUZ (Fundação Osvaldo Cruz).
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Muitos participaram da criação disso que
conhecemos hoje.
Repare que Vitrúvio (o mesmo arquiteto romano
que deu nome ao Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci) inventou um monta-cargas
no século I antes de Cristo e se os romanos se preocupassem com o povo (isso só
aconteceu com a Cristandade geral), poderiam ter se antecipado em 19 séculos,
com consequências imprevisíveis, pois foram os inventores do cimento e tinham
prédios de oito andares.
Se Otis não tivesse feito, outros pensariam
mais cedo ou mais tarde, porque estava no horizonte do tempo a exigência de
concentração populacional, em virtude da falta de meios de transporte como os
conhecemos. Em todo caso, o mérito é dele. Como teria sido o mundo sem
elevadores? Isso poderia ser tema de fantasia FC ciberpunk, porém o mais
interessante seria um livro inteiro dedicado aos ascensores e seus desdobramentos
civilizatórios-culturais.
Vitória, domingo, 26 de fevereiro de 2017.
GAVA.
OTIS-MISTA (os otimistas
inventam para o bem – do que pode advir o mal, como o modelo diz -, enquanto os
pessimistas inventam para o mal – e vice-versa o contrário, como dizem alguns)
A Geografia do
Elevador
No livro O Guia dos Curiosos, São Paulo, Cia.
Das Letras, 2001, p. 220, o autor, Marcelo Duarte, diz:
“Os elevadores
elétricos pareceram em 1880. Na Roma do século I a.C., porém, um engenheiro
chamado Vitrúvius criou o primeiro elevador de carga, baseado num sistema de
roldanas movidas por força humana, animal ou água. Já o dispositivo de
segurança que entra em ação no caso de os cabos se romperem foi bolado pelo
americano Elisha Graves Otis, em 1851”.
O primeiro
elevador (motorizado, como vimos, isto é, movido a forças que não as humanas)
foi instalado num prédio de Nova Iorque em 1889, mas Elisha Graves Otis
apresentou o primeiro sistema de segurança em 1853, mostrando-o
definitivamente quatro anos mais tarde, segundo a Internet. Otis, americano,
nasceu em 1811 e viveu até 1861, apenas 50 anos entre datas, mas fez uma
coisa extraordinária.
Para ter uma ideia
do que foi, tire todos os elevadores que existam em quaisquer prédios, sejam
os de cargas (tudo subindo com grande dificuldade alternativamente pelas
escadas), sejam os de passageiros. Os prédios não poderiam passar de cinco
andares. Roma inventou o cimento e já erguia prédios de oito andares (muitos
caíam, eram dos pobres e miseráveis, cortiços horríveis, os ricos e
médios-altos não se importavam), mas não pôde ir adiante justamente em razão
da falta de elevadores. Saia pelas cidades cancelando todos os prédios de
seis ou mais andares e tudo que vá com ajuda de máquinas para cima, pesos
incríveis movidos pela força automática.
Então teremos
idéia mais ou menos completa da importância de Otis e de como todos nós,
morando ou não em apartamentos acima dessa altura, somos devedores de sua
imaginação e empenho. Claro, não fosse ele poderia ter sido outro, mas se
pensarmos assim que dívidas teríamos com quaisquer uns? Ademais, teria mesmo
sido outro? Se é fácil pensar as soluções, por quê tão poucos as pensam?
DEPOIS que Colombo colocou o ovo em pé qualquer um conseguia pensar isso.
DEPOIS que inventaram o post-it surgiram muitos inventores de papéis com
cola. Depois de morta a onça surge sempre um monte de corajosos para mijar
nela.
Otis reinventou a
geografia do mundo humano e reconfigurou toda a psicologia.
Enfim, cadê a
estátua de Otis? Cadê o museu dele?
Vitória,
quarta-feira, 25 de junho de 2003.
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