O Último Pessimista
Escrito por Alan
Grant e John Wagner, desenhado por Michael McMahon, publicado nos EUA em 1990,
quando ainda existia a URSS (caída em 1991), publicada no Brasil em 1992,
quando ela já havia desaparecido, a estória em quatro revistas-capítulos é de
um soldado que é posto a dormir em hibernação por 20 anos, sobrevivendo ao
holocausto atômico, que os autores nos informam decorrer em quatro etapas (a
teoria é do livro Inverno Nuclear,
de Carl Sagan):
1. Impacto direto;
2. Calor do cogumelo atômico ou nuclear
(chamada “bola de fogo”);
3. Radiação;
4. Inverno nuclear subseqüente.
Três grandes robôs, mais ou menos
espertos e brincalhões, estiveram cuidando dele nos subterrâneos. Então eles
saem no mundo procurando sobreviventes (no modelo diríamos PESSOAS: indivíduos,
famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e
mundo) e nada encontram, até que ouvem uma transmissão pelo rádio.
Tudo, absolutamente tudo está
destruído, com inumeráveis caveiras em todos os lugares.
Eis os capítulos, que tentam ser
engraçados:
LIVRO 1: Boa Noite,
Poughkeepsie;
LIVRO 2: Apocalipse,
o Musical;
LIVRO 3: Um Sonho
Americano;
LIVRO 4: O Último
Brilho do Crepúsculo.
Foi talvez a coisa
mais depressiva com a qual deparei, envolta numa grande arte, em desenhos de
alta qualidade. Quanto tempo perderam para fazer essa coisa acabrunhante? Há
até aquele musical anunciado, com caveiras dançando.
Os seis bilhões de
seres humanos, todas as obras, todo o conhecimento aniquilado, sem qualquer
volta. Até que o herói encontra um diário deixado por uma quantidade de mães
mongolóides que tiveram forçadamente filhos e foram embora com eles. Nisso
reside a esperança patética de reconstrução.
A que ponto este
mundo-Terra se tornou feio! Sob as ordens do demônio os humanos desceram a
lugares bem baixos, mesmo.
Vitória,
quarta-feira, 18 de junho de 2003.
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