Doação
Que
é que faz pai e mãe se doarem durante uma vida inteira?
Porque,
do ponto de vista do egoísmo, da defesa intransigente de si, não faria sentido
não apenas dar de comer, de beber, de vestir, proteção, carinho, educação, nem
um átimo, quanto mais renegar o alimentar a si pelos outros, como tantas vezes
se vê na renúncia dos desejos e objetos em favor dos rebentos.
Que
é que, começando lá pelo físico/químico como tendência se fixa no biológico/p.2
e acaba por estabelecer-se firmemente como exigência no psicológico/p.3? Como é
que se dá essa físico-química, essa química? Como, em que órgãos estão fixadas
as necessidades, enquanto recompensa biológica/p.2? Que recompensas a Academia
não estudou e são as sustentações do viver e progredir humanos? Porque são
átomos, são moléculas, são replicadores, são células, são órgãos, são
corpomentes formestruturados para tais processos - só para não recuar até o
começo mesmo.
Não
basta dizer que é o amor, porque o amor tem uma base físico/química também, e necessita
de explicação em todo o Conhecimento (amor mágico/artístico, amor
teológico/religioso, amor filosófico/ideológico, amor científico/técnico e amor
matemático). Há que explicar por quê o ser sai de si para ser o outro, os
interesses do outro, filho e filha. Por quê meu pai e minha mãe se doaram até o
último minuto de suas vidas? E assim como eles tantos bilhões, através da
geo-história humana?
Claro,
não basta como explicação dizer que se não tivesse sido assim não haveria
humanidade, porque isso vem depois do fato.
Naturalmente,
essa é fundamental linha de pesquisa.
Vitória,
terça-feira, 24 de junho de 2003.
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