Novas Maravilhas
Na sequência
tivemos: a) as performances humanas ao vivo, b) por rádio, c) as gravações em longplays,
tocando em vitrolas, d) o CD (compact disc, disco compacto, para quem não
lembra mais o que significa), onde cabem 12 a 20 músicas, e) o MP3, que
comporta duzentas músicas ultracompactadas num CD, e f) por último a música de
Internet via Kazaa Lite, um programa extraordinário que através da banda larga
nos permite baixar rapidinho centenas e até milhares de músicas, desde que
tenhamos espaço em disco para armazená-las (cada uma tendo 4 megas, num HD de
20 gigas – 20 mil megas – caberiam cinco mil, mas devemos ainda contar o espaço
dos programas; entrementes, se você puder dispor de um HD adicional de 40 Gb, ali
caberiam 10 mil músicas).
Claro
que isso fere os proprietários individuais (autores, intérpretes) e
empresariais, há que se resolver a questão do direito autoral, mas em todo caso
é um instante de maravilhosa liberdade, enquanto não travam, pois há o lado
necessitado da humanidade - justamente aquele que é largamente sangrado pelos
“de cima”.
Quem
poderia imaginar que de casa, sem ir fisicamente a lugar algum, através do
computador e de programas, por telefone ou através de fibras óticas ou por meio
de satélite acessaríamos instrumentos remotos que guardam memória de milhões de
músicas? Que divertimento tão distante daqueles circos de infância (cuja
alegria está longe de ser dispensada, agora mesmo o circo está se renovando,
como podemos ver no Circle de Soleil). Ah, esse tempo é de grandeza, em meio a
tanta confusão e tanta desorientação de passagem de eras (que se deu em 1991,
com a Queda da URSS, como eu já disse).
Nem de longe na
minha infância ou juventude imaginaríamos algo assim. Que virá ainda em mais 30
anos?
Vitória, domingo, 08
de junho de 2003.
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