Um Canal de FC
Na Escelsacabo,
retransmissora no ES de algum grupo nacional/internacional, há cinco canais
(que se chamavam Telecine de 1 a 5 e depois receberam nomes individuais – em
inglês, é claro), há um punhado de canais de séries e vários de filmes, além
dos de documentário, etc. Na TVA (do Grupo Abril), retransmitida no ES pela
Penedo, amparada em liminar, há a HBO1 e HBO2, além do Cinemax e Cinemax Prime,
Multipremier, os de séries, etc.
Vários,
naturalmente, passam filmes de FC e de fantasia, sejam os completos, sejam as
séries, mas não há um EXCLUSIVAMENTE dedicado à FC e à fantasia. Não há uma
busca determinada e exaustiva, até o fundo, começando dos primeiros filmes, de
Fritz Lang, com Metrópolis, por exemplo, e evoluindo pelos subgêneros, para
expressões A, B, C e D. Em resumo, é sofrível, não apenas para quem gosta do
gênero como também para pesquisadores desse fenômeno humano que é a projeção do
futuro (e do passado). Por quê nos angustiamos e queremos adquirir segurança
com relação ao futuro? Por quê não nos ensinam nas escolas a busca de soluções
nesta e naquela condição de perigo? Eis uma pergunta profunda, que remete ao
descaso da civilização burguesa para com o sofrimento do povo (pois os ricos e
médios-altos estão sempre resguardados e não temem tanto o futuro).
E há, evidente, o
prazer de assistir bons filmes e boas indagações, feitas por bons e excelentes
diretores, gênios consagrados do gênero. Muito é gasto pela indústria
cinematográfica nele e há um farto material para exposição continuada,
especialmente adendado com comentários vindos de verdadeiros estudos acadêmicos
ou artísticos.
Naturalmente a
civilização humana ainda é de baixa qualidade, mas isso não desculpa a falha.
Vitória,
segunda-feira, 09 de junho de 2003.
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