domingo, 26 de fevereiro de 2017


Um Canal de FC

 

                            Na Escelsacabo, retransmissora no ES de algum grupo nacional/internacional, há cinco canais (que se chamavam Telecine de 1 a 5 e depois receberam nomes individuais – em inglês, é claro), há um punhado de canais de séries e vários de filmes, além dos de documentário, etc. Na TVA (do Grupo Abril), retransmitida no ES pela Penedo, amparada em liminar, há a HBO1 e HBO2, além do Cinemax e Cinemax Prime, Multipremier, os de séries, etc.

                            Vários, naturalmente, passam filmes de FC e de fantasia, sejam os completos, sejam as séries, mas não há um EXCLUSIVAMENTE dedicado à FC e à fantasia. Não há uma busca determinada e exaustiva, até o fundo, começando dos primeiros filmes, de Fritz Lang, com Metrópolis, por exemplo, e evoluindo pelos subgêneros, para expressões A, B, C e D. Em resumo, é sofrível, não apenas para quem gosta do gênero como também para pesquisadores desse fenômeno humano que é a projeção do futuro (e do passado). Por quê nos angustiamos e queremos adquirir segurança com relação ao futuro? Por quê não nos ensinam nas escolas a busca de soluções nesta e naquela condição de perigo? Eis uma pergunta profunda, que remete ao descaso da civilização burguesa para com o sofrimento do povo (pois os ricos e médios-altos estão sempre resguardados e não temem tanto o futuro).

                            E há, evidente, o prazer de assistir bons filmes e boas indagações, feitas por bons e excelentes diretores, gênios consagrados do gênero. Muito é gasto pela indústria cinematográfica nele e há um farto material para exposição continuada, especialmente adendado com comentários vindos de verdadeiros estudos acadêmicos ou artísticos.

                            Naturalmente a civilização humana ainda é de baixa qualidade, mas isso não desculpa a falha.

                            Vitória, segunda-feira, 09 de junho de 2003.

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