sábado, 25 de fevereiro de 2017


João Ramalho

 

                            Na enciclopédia Barsa de papel (São Paulo, 1993), volume 13, página 175, fala-se de João Ramalho (português, c. 1490 a c. 1580, uns 70 anos de aventura), que viveu degredado nas costas do Brasil do Descobrimento. Foi um dos primeiros brasileiros, desbravador, naturalmente fez todo tipo de ato de banditismo. É uma personagem folclórica da geo-história e um filme renderia bom divertimento, de grandeza universal. Uma série a seguir iria explorar e ilustrar mais de 70 anos de existência do Brasil dos primórdios, o que serviria como ilustração e como ensinamento de geo-história.

                            Casou-se com Bartira, depois por batismo Isabel, filha do cacique Tibiriçá, ele também famoso. Formam um par formidável, que pode ser encantador, se devidamente explorado, porque João Ramalho tem o perdão histórico de ter participado em 1562 da Rebelião dos Tamoios.

                            Enfim, é personagem que pode ser explorado, como muitos daquele tempo, a partir de livros novos que estão surgindo no rastro da comemoração dos 500 Anos de Descobrimento do Brasil. Sozinhos ou em grupos os geo-historiadores podem ajudar os escritores, poetas, músicos a compor uma série de cenários muito avantajados (e precisos, necessariamente) dos tempos do Achamento (como dizem os portugueses, muito mais cautelosos agora).

                            O caso é que quase não raciocinamos e não imaginamos os tempos de origem, com grande prejuízo das gerações que estão nascendo agora, sem referencial. Uma quantidade desses personagens pode ser mostrada, sem favor nem desfavor, isto é, sem interpretação favorável nem desfavorável, apenas realizando as pesquisas de maior fidedignidade.

                            Vitória, sábado, 14 de junho de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário