Quebra Aleatória do
Sigilo Bancário
Certa vez no
auditório de A Gazeta o ex-governador Arthur Carlos Gerhardt Santos disse que
nem na Alemanha nazista pretenderam quebrar o sigilo bancário, ao passo que no
Brasil sim.
Por um lado, todos
eram amiguinhos por lá, quando se tratavam dos interesses das elites, como
também são aqui e em qualquer país onde exploram os trabalhadores (e não
somente os operários). Por outro, lá não faziam nem a décima parte dos atos de
banditismo antigovernamental e antinacional que aqui.
No ES, no setor de
mármores e granitos, a pauta é, domo já disse, digamos de R$ 10 por metro
quadrado, eles colocam R$ 5 e vendem por R$ 50 ou R$ 80. Deveríamos poder
fiscalizar um por cento por mês, aleatoriamente, o que demoraria 100 meses para
investigar tudo, por exclusão. O fisco federal deveria fazer o mesmo, bem como
o fisco municipal/urbano. E isso em todos os setores.
Não se estaria
perseguindo ou mirando ninguém, especialmente, e se eles nada têm a temer a
amostra irá dizer. Por outro lado, se 80 ou 90 % ou percentual grande se
mostrar contraventor, então todos deveriam ter suas contas expostas, após prova
científica.
De todo modo só a
necessidade de manter sigilo, exceto em poucos casos justificáveis, já é
suspeito por si mesmo. Quem nada tem a esconder mostra logo; quem tem está
traindo o Estado e o povelite, povo que paga os tributos e elites que dependem
de ordem para progredir. O ataque ao Estado é concessão à penetração do caos e
da ineficiência, pelo afrouxamento.
Os juizes deveriam
autorizar prontamente, sob a ótica de que o rigor imposto significaria
necessariamente aumento das chances internacionais de competição em mercados
mais duros e vigilantes.
Vitória, domingo, 22
de junho de 2003.
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