Jorge Ben
Jorge Duílio Lima
Meneses nasceu no Rio de Janeiro capital em 1942 (portanto, fez 61 anos), foi
chamado Jorge Ben e agora é Jorge Ben Jor ou Jorge Benjor, dizem que para
evitar desvio das rendas das músicas internacionalmente. É um compositor extraordinário.
Como destino meu dinheiro principalmente a compra de livros tenho o costume de
comprar os discos mais baratos, em liquidações, porisso nunca consigo os do
Jorge, dado que as pessoas sempre procuram seus discos.
Não é um compositor
ou cantor famosíssimo, nunca esteve encabeçando as paradas de sucessos, mas por
outro lado também nunca despenca. É uma unanimidade nacional: provavelmente
todos os cantores, artistas, gente da mídia inteira e brasileiros de todas as
classes ou separações sociais gostam dele e o respeitam.
Eu, particularmente,
gosto de tudo dele. Ele lê revistinhas em quadrinhos, o que também faço, até
agora. É irreverente em suas composições, mas de uma felicidade poética
incomparável, casando os assuntos mais disparatados e os motivos mais bestas e
fazendo sempre músicas eternas e universais. É de espantar que os músicos
brasileiros não o gravem mais, nem os estrangeiros, que sequer devem
conhecê-lo.
É um dos meus
preferidos.
Acho que ele, como
Dorival Caymmi (baiano, 1914, agora perto dos 90 anos), tem aquele dom da
pureza (o que não quer dizer que a pessoa não possa expressar sua humanidade
até com bastante furor na juventude ou mais tarde), aquela transparência dos
que, pela compostura e pela obra, são escolhidos por Deus como dignos de serem olhados,
o que não é dizer pouco. Um dos que adentram a eternidade e são privilegiados
com a visão de Deus, face-a-face, cara-a-cara, para criar essa imagem.
Há pouca gente assim
no mundo e fico feliz de lhes dirigir esse cumprimento. Salve, Jorge! Salve,
Dorival!
Vitória, domingo, 08
de junho de 2003.
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