sábado, 25 de fevereiro de 2017


Jorge Ben

 

                            Jorge Duílio Lima Meneses nasceu no Rio de Janeiro capital em 1942 (portanto, fez 61 anos), foi chamado Jorge Ben e agora é Jorge Ben Jor ou Jorge Benjor, dizem que para evitar desvio das rendas das músicas internacionalmente. É um compositor extraordinário. Como destino meu dinheiro principalmente a compra de livros tenho o costume de comprar os discos mais baratos, em liquidações, porisso nunca consigo os do Jorge, dado que as pessoas sempre procuram seus discos.

                            Não é um compositor ou cantor famosíssimo, nunca esteve encabeçando as paradas de sucessos, mas por outro lado também nunca despenca. É uma unanimidade nacional: provavelmente todos os cantores, artistas, gente da mídia inteira e brasileiros de todas as classes ou separações sociais gostam dele e o respeitam.

                            Eu, particularmente, gosto de tudo dele. Ele lê revistinhas em quadrinhos, o que também faço, até agora. É irreverente em suas composições, mas de uma felicidade poética incomparável, casando os assuntos mais disparatados e os motivos mais bestas e fazendo sempre músicas eternas e universais. É de espantar que os músicos brasileiros não o gravem mais, nem os estrangeiros, que sequer devem conhecê-lo.

                            É um dos meus preferidos.

                            Acho que ele, como Dorival Caymmi (baiano, 1914, agora perto dos 90 anos), tem aquele dom da pureza (o que não quer dizer que a pessoa não possa expressar sua humanidade até com bastante furor na juventude ou mais tarde), aquela transparência dos que, pela compostura e pela obra, são escolhidos por Deus como dignos de serem olhados, o que não é dizer pouco. Um dos que adentram a eternidade e são privilegiados com a visão de Deus, face-a-face, cara-a-cara, para criar essa imagem.

                            Há pouca gente assim no mundo e fico feliz de lhes dirigir esse cumprimento. Salve, Jorge! Salve, Dorival!

                            Vitória, domingo, 08 de junho de 2003.

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