domingo, 26 de fevereiro de 2017


O Homem Dragão

 

                            Finalmente consegui configurar a nova versão de Mandrake, imaginariamente fazendo referência a MAN, homem, e DRAKE, de dragoon, dragão em inglês. A revista em quadrinhos veio do personagem, criado em 1934 (portanto, fará 70 anos agora em 2004) nos EUA por Lee (Leon) Falk (americano do Missouri, 1912 a 1999, 87 anos entre datas), explicitamente como uma homenagem a ele, criador também do Fantasma, o Espírito que Anda.

                            Narda, que é a princesa namorada de Mandrake, pode ser realmente uma VIRGEM NÚRIA, aquelas que como a Virgem Maria foram criadas para casar-se com certos homens especiais que surgem de tempos em tempos, sugerindo uma longa conspiração subterrânea. No caminho ela se modificaria para adotar posições firmes, manifestando sua personalidade, de acordo com os novos tempos, freqüentando a faculdade, dando aulas, travando discussões com ele, etc..

                            Lotar seria o guardião negro, mas agora com outra linha de proteção, inclusive preventivamente a respeito da proximidade de Narda, e vice-versa, vários grupos combatendo na retaguarda. Ele mesmo seria um príncipe descendente de grupos africanos que guardam heranças extraordinárias sobre xenoconhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).

                            O personagem mais recente de Tojo (não sei se o nome é este), já era no roteiro de Falk chefe de um grupo internacional de espiões, empregando-se como disfarce como cozinheiro na mansão de Mandrake, Xanadu, posta inacessivelmente no alto de uma montanha, o que pode ser retrabalhado para as convencionais tecnociências de ponta de agora e do futuro imediato.

                            Mandrake, por sua vez, tinha na origem um irmão perigoso, sua face malvada, uma espécie de alter-ego malicioso. Dois homens misteriosos vão buscar Mandrake ainda jovem, criança, para treinamento na Escola de Mágica, onde tecnociências muito avançadas estão à disposição, inclusive aquele Cubo de Pensamento que Theron usa (deve-se mostrar que muito mal, com pequena fração de seus poderes – só aí há muito para desenvolver), juntos com vários xenoartefatos. Na minha versão eles podem usar os descobrimentos do modelo.

                            Os tais homens não querem o irmão, mas por insistência de Mandrake ele vai, e acaba se tornando poderoso e voltado para o mal, tal como na estória original. Mandrake terá contato com o poder fantástico, Tecnociência muito avançada que soa como Magia dos “dragões”, os semi-deuses que estiveram na Terra e prometeram voltar, a cada vários milhares ou a cada várias centenas de anos devendo ser escolhida uma criança que viverá então muito tempo, tendo que conviver com o fato de que todos à sua volta envelhecerá e morrerão. Adquire ele conhecimentos esplêndidos, capacidades formidáveis, e a cada geração dois, sempre uma Narda e sempre um Lotar, são escolhidos para viver juntos dele, ela para esposa, ele para amigo, mas na realidade para policiá-lo, no sentido de evitar que use abusivamente seus poderes terríveis, o que o tenta sempre. Há crises terríveis de cólera, ele se torna um assassino potencial, mas escapa dos perigos. É guardião de algo, não se sabe o quê, e vive se apresentando como se fosse um reles mago de platéia, um prestidigitador, estando muito além disso.

                            Daí pode vir um filme principal, piloto, guia dos demais da série, ou de uma seqüência de filmes altamente reflexivos. Espero poder desenvolver o argumento. Acho que vou trabalhar o assunto.

                            Vitória, sábado, 14 de junho de 2003.

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