segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017


Nova Associação Livre

 

                            No livro já citado de Linda Davidoff, p. 15, ela diz: “Afinal Freud desenvolveu um novo método, a associação livre, que serviu a muitos dos mesmos propósitos, embora apresentando menos problemas. Os pacientes repousavam num divã e eram encorajados a dizer o que quer que lhes viesse à mente, sendo também convidados a relatar seus sonhos. Freud analisou todo o material que aparecia, procurando desejos, temores, conflitos, pensamentos e lembranças que se encontravam além do conhecimento consciente do paciente”.

                            Naturalmente o modelo proporcionou a Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas, Livro 2), com o quê podemos ver outras palavras por trás das que são pronunciadas. Por exemplo, desejos = TEXTOS = TORMENTOS, etc., temores = TUMORES = TENSÕES = TRAIÇÕES, etc., conflitos = GOSTOS = CANTOS, etc., pensamentos = HORIZONTES = PLANETAS = PRANTOS, etc., lembranças = ENTRANÇAS (se L é pseudoconsoante) e lembranças = TEXTOS = TESTES = DESEJOS, etc. (se L = B).

                            Seria preciso construir um programáquina que tomando as palavras as convertesse em suas palavras-cognatas e principalmente nas frases-cognatas, formando sentidos que os psicólogos então examinariam imediatamente, ou mediatamente, depois, com mais sossego. Se já, poderiam lançar outras palavras, extraindo mais sentidos, e assim sucessivamente. Em casa ou no consultório, com calma, poderiam investigar mais profundamente, obtendo um panorama completo.

                            Uma nova associação livre nascerá, atingindo não apenas as camadas superficiais com relativa demora, mas as camadas profundas instantaneamente.     De fato, o apuro subseqüente do método tornará a civilização humana completamente transparente (o que terá efeitos positivos e efeitos negativos, a soma é zero). Na realidade, na medida em que tais programáquinas se tornem de uso geral, será um verdadeiro inferno, todo mundo analisando todo mundo.

                            Vitória, domingo, 15 de junho de 2003.

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