segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017


Medindo a Inteligência

 

                            Diz Asimov no livro citado, p. 16:

                            “Dos objetos naturais sobre a Terra, podemos eliminar de imediato, em nossa busca de inteligência, o inanimado, os seres que não têm vida.

                            “De modo algum é atitude indiscutível, pois não é impossível pensar que a consciência e a inteligência sejam inerentes a toda a matéria, e que até mesmo átomos isolados possuam uma certa microquantidade dessas coisas”, negrito e colorido meus.

                            Como já coloquei, eis o Conhecimento: Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática. Vejamos a pontescada tecnocientífica, nela a pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6).

                            E a micropirâmide: campartícula fundamental, subcampartículas átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos, corpomentes. Então a mesopirâmide: as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações, mundo). Fungos e plantas tem células, mas não tem órgãos. Animais e primatas, especialmente os humanóides, tem órgãos e tem mentes, portanto corpomentes, são indivíduos, tem racionalidade, alma. Tudo que tem corpomente tem alma.

                            O nível de organização de fungos e plantas é baixo, o de animais para cima é alto, crescente, cada vez mais alto, até chegar no par fundamental homulher – depois vai crescendo ainda mais na mesopirâmide.

                            Não existe nenhuma micromemória, nem microinteligência, nem microcontrole nos objetos inanimados. Essa é a separação: eles estão privados disso. Quando se diz INANIMADO é da Chave do SER (memória, inteligência e controle). Eles NÃO SÃO, estão mais para objetos, os fungos e plantas. Inteligência é o que produz memória nova, que não estava presente antes; em que momento vemos numa planta ou numa escrivaninha a apresentação de memória que não estava lá anteriormente?

                            Já que a Chave do SER é uma escala, deve haver um momento mínimo além do qual não seria construída a mesopirâmide. Os cérebros humanos têm em torno de 1,4 kg, ao passo que os de chimpanzés chegam no máximo a 0,5 kg; além do quê à quantidade de massa soma-se a qualidade das circunvoluções. Com que quantidade de processos seria possível construir a mesopirâmide, passando às pessoas e aos ambientes? Deve haver uma medida, baseada em quesitos a serem explorados. Estando os seres humanos em torno de 100, por definição, talvez 50 % equivalha à racionalidade dos chimpanzés, e 25 % ou menos a de outros animais. Seria preciso classificar, com base em critérios mais avançados da biologia molecular. Como fazer isso eu não sei.

                            Mas podemos ver que é uma escala. O ser humano, distante geneticamente apenas 0,4 a 3,0 % dos chimpanzés, está além muitas ordens de grandeza como coletivo de aprendizado e de produção. Em algum ponto há o disparo, o início da acumulação exponencial, no seio da qual estamos.

                            Certamente alguém fará tal pesquisa e classificará.

                            Independente de como seja construída essa escala, nela não podem entrar os objetos, os fungos e as plantas. Estes dois últimos, pelo menos isoladamente. Talvez eles sejam telepatas, como dizem os que tocam música para as plantas e falam com as plantas, porém no meu rádio elas não tocam nada.

                            Vitória, quarta-feira, 18 de junho de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário