domingo, 12 de fevereiro de 2017


Sítios Calmantes

 

                            A começar por cores calmantes verdes, azuis e que tais, ligando-se os sites a psicólogos de plantão que possam dar conselhos (a pessoas – indivíduos, famílias, grupos e empresas – anônimas, um embaralhador qualquer do e-mail), de sorte a abrandar as dores das almas, promovendo geral bem-estar de quase todos que se conectem à Internet ou liguem por telefone, e melhorando o astral coletivo e individual.

                            Sítio de bom-humor e de bom-amor, voltado para a gratificação simples das almas, dando conselhos e indicando soluções, este é um serviço público inexistente, mas que será do maior valor quando algum político ou governante o instituir como socorro nestes tempos terríveis pelos quais passamos todos, especialmente no Brasil.

                            É preciso que nas 220 nações hajam tradutores (nem todas terão recursos, que devem ser providos pela ONU: 220 x 220 = 48,4 mil), de modo a não só nativos terem acesso aos conselhos do grupo de psicólogos como também os estrangeiros todos, porque não sabemos de onde virá a autêntica empatia, mais que a obrigação do serviço. As pessoas nele localizadas não devem ali estar por mera obrigação e sim por legítima afinidade com os necessitados; quando essa ligação acabar devem se despedir do serviço e ir fazer outra coisa.

                            É definitivamente estranho que ninguém tenha pensado nisso antes, existindo a Terra há bastante tempo como berço humano-sábio. É mais um descaso, um índice da fragilidade das instituições humanas. O quê os psicólogos estiveram fazendo, descuidados do mínimo de atenção ao próximo (não admira mesmo nada que não haja paz na Terra, com tão pouca gente de boa vontade)?

                            Vitória, domingo, 06 de abril de 2003.

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