quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017


Ratos e Humanos

 

                            Do mesmo Juan Enriquez, agora p. 218:

                            “Mas, pobre raça humana, da mesma forma que os homens... Somente 300 dos nossos genes... De um total de 26.588... Não têm um correspondente no rato... E cerca de 85 % das sequências genéticas das duas espécies são idênticas”.

                            Que devemos depreender disso?

                            Esses 300/26.588, 1,13 %, não nos tornam ratos. Apontaram também para os chimpanzés, ainda mais próximos de nós, a ponto de 97 a 99 % dos genes serem idênticos. Como já falei para estes últimos, direi para os ratos.

                            NÓS NÃO SOMOS RATOS.

                            Porque não somos mais indivíduos humanos isolados.

                            Veja que as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) na mesopirâmide evoluíram muito, oito degraus, de corpomente biológico/p.2 a nação, agora com a globalização a mundo.

                            Quanto os ratos detêm do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral? Nele, quanto da pontescada tecnocientífica, nela da pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6)? Verifique quando da Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) preenchem ou dominam? Quanto da Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos) é construção dos ratos?

                            A humanidade não é mais composta de indivíduos puros, tal como o era o par fundamental composto do ADÃO Y e da EVA MITOCONDRIAL, de surgimentos separados, mas próximos no espaço e no tempo há 200 mil anos na África. De modo algum, agora somos indivíduos-mundo, como até há pouco éramos indivíduos-nação.

                            Assim, quando Enriquez cita Nietzsche (“Desbravamos nosso caminho, de vermes a homens, mas boa parte de nós é ainda verme”), podemos lembrar de alguns conhecidos e alguns políticos, mas não no sentido psicológico pleno, apenas alegórico.

                            A humanidade deve ser vista como aquilo que de fato é: uma potência planetária.

                            Vitória, sexta-feira, 28 de março de 2003.

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