quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017


Pressão Mutacional dos Insetos

 

                            Nós já falamos do tempo em que os insetos dominavam o horizonte da Terra. Na realidade, este ainda é, do ponto de vista da permanência, um mundo dos insetos, e eles são os predadores terminais de tudo que existe.

                            Se há, como disse, a evolução vertical dentro das mesmas espécies, que as separa umas das outras, há também a evolução horizontal, que através dos insetos as une, as aproxima, por exemplo, transferindo genes ou partes deles (em todo caso qualquer molécula ou a mutação para enfrentamento dos efeitos delas) de umas às outras, tornando a evolução comunitária.

                            Se for assim, os insetos comunicam literalmente os vírus novos que aparecem, igualizando mais ou menos os estoques horizontais de moléculas (do que é passável, como MOLÉCULAS INSERÍVEIS NOS PROGRAMAS biológicos de cada espécie em particular), enquanto as distâncias verticais são mantidas, ou seja, igualizando o que é quantitativo, enquanto as qualidades têm continuidade. O mesmo vírus (o da AIDS, o HIV) pode atacar chimpanzés e humanos, porque somos primos 97 a 99 % do estoque genético, mas não porcos e humanos, digamos, pois o parentesco é menos próximo (exceto para alguns humanos).

                            Então, os insetos exercem essa PM sobre todas as espécies, inclusive entre si, pela igualitarização, razão pela qual o sistema biológico/p.2 terrestre ou ecossistema da Terra é muito mais conexo do que pensávamos anteriormente. Além disso, uma conclusão espantosa e inevitável se apresenta: há, dentro de nós, as respostas dadas a toda classe de vírus no passado, em todas as espécies que herdamos e estão desativadas como íntrons. Assim, em todas as trocas humanas com o ambiente, em cada horizonte espaçotemporal, se acumularam em nós as respostas às agressões, de modo que estão nos seres humanos as respostas à gripe espanhola, às sucessivas gripes chinesas, desde quando elas, ao atacarem-nos, tiveram como resposta a sobrevivência de pelo menos alguns dentre nós – temos garantia de que aquelas gripes, se retornassem, permitiriam pelo menos a sobrevivência de alguns. Ao deslocarem o ESPECTRO DE SOBREVIVÊNCIA lateralmente, fazendo-o zanzar de um para outro lado. Em toda a ascendência biológica/p.2 da humanidade estão os rebotes às agressões, os contra-golpes, inclusive aqueles de fundo psicológico/p.3, as precauções quanto aos modos politicadministrativos passados (Escravismo, Feudalismo e Capitalismo, já em sua terceira onda).

                            Pensando assim, vemos que os íntrons estão longe de ser o lixo que afirmaram; na realidade eles contêm TODAS as vacinas de nosso ramo sapiens sapies de sobrevivência, até de nosso galho hominídeo, retornando pelo galho animal até o tronco e daí às raízes físico-químicas. As contra-respostas da Física/Química, da Biologia/p.2, da Psicologia/p.3 estão dentro de nós, bem como dentro de todos os seres. O passado, enquanto cenário, evolução horizontal, e o futuro, enquanto ente, evolução vertical, estão ambos dentro de nós; em termos psicológicos tanto a RESPOSTA AMBIENTAL aos cenários quanto a RESPOSTA PESSOAL aos entes. Em conjunto a RESPOSTA PESSOAMBIENTAL ao cenário-ente é que nos faz ir adiante, e não apenas a condição humana.

                            Vitória, domingo, 23 de março de 2003.

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