Poucas Aplicações
Úteis
Ainda de Feymann,
página 36:
“Todavia, em
contraste com as outras leis da física, o conhecimento da lei da gravitação tem
relativamente poucas aplicações úteis. (...) As únicas aplicações da lei da
gravitação que consigo lembrar-me encontram-se na prospecção geofísica, na
previsão das marés e, nos nossos dias, no cálculo do movimento dos satélites,
sondas planetárias, etc., que enviamos para o espaço; e, por último, também na
actualidade, na previsão das posições dos planetas, que é bastante útil para os
astrólogos publicarem os horóscopos nas revistas”.
Veja que ele não diz
“lei da gravidade” e sim “conhecimento da lei da gravidade”, pois a gravidade
tem muitíssimas aplicações.
Mesmo da lei da
gravidade, cita diretamente:
1. A prospecção geofísica, que responde
pela busca do petróleo e do gás, além de água dos lençóis subterrâneos, os
grandes aqüíferos, por exemplo, o aqüífero do Paraguai;
2. A previsão das marés, que ajuda os
barcos pesqueiros em sua saída e entrada nos portos, fora as demais embarcações
de transportes de cargas e de lazer;
3. O cálculo do movimento dos satélites,
que nos permite colocar centenas e até mesmo milhares deles lá em cima, para
todo tipo de serviço, de TV a Internet, de transmissão de dados bancários aos de
ações das bolsas, etc.;
4. A posição dos planetas não serve
somente à astrologia, que é divertimento não só para quem crê como para quem
não crê, e ainda para o apontamento dos telescópios e a chegada das sondas de
pesquisa.
Isso é pouco?
E essas são as aplicações de que
Feymann se lembrava. Embora fosse um físico formidável, naturalmente a memória
de qualquer um, falha.
Quantas aplicações cada coisa
comporta?
A gente nunca fez questão de juntar
pessoas para vasculhar a memória humana em busca de todo tipo de serviço que as
coisas nos prestam. A Vida geral é mesmo coisa formidável, se mesmo os grandes
seres humanos não podem alcançar a sua totalidade, suas mais extremas
possibilidades (isso é um índice de liberdade, pensando bem!).
Vitória, terça-feira, 18 de março de
2003.
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