Parafuso Pentágono
A Veja edição 1.795,
ano 36, nº 12, 26 de março de 2003, fala na reportagem A Máquina de Guerra, p. 59 e seguintes, do que nos EUA é conhecido
com o nome do título, o fato de que os parafusos encontrados lá no comércio por
50 centavos aparecerem nos relatórios do Pentágono como custando 76 centavos,
mais de 50 % mais caro.
Creio até que parte
desse dinheiro não seja da “caixinha”, pois os EUA vigiam mais e melhor, e
punem, o que desencoraja tantos, embora possa ter havido casos de enriquecimento
ilícito de militares e seus apaniguados, seus favoritos, em toda parte,
inclusive por lá. Acredito que seja SOMBRA MILITAR, aquele tanto de dinheiro
que é desviado para operações ilegais, nacionalistas, de proteção a qualquer
custo. Quanto dinheiro estará sendo guardado para defesa americana? Vale até um
filme, na seqüência de A Senha, Swordfish (espadarte, peixe-espada).
Entrementes, essa
coisa nos permite fazer a pergunta incômoda e dolorosa: quanto dinheiro é a
cada ano desviado em todo mundo através de operações militares, seja em
proveito de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas), seja das
instituições e suas crenças, fascistas ou não?
Evidentemente uma
investigação dessas não será bem-vinda, porque levantará a lebre: qual a dimensão
dessa sombra? Quão perniciosa ela pode se tornar, se ofendida? Quão longo é seu
braço, em termos de matar opositores em todo o mundo? Como pode ser obstada,
bloqueada? Quem seria capaz de defender-se dela, em qualquer circunstância?
As coisas soam menos
simples até do que pensávamos fosse uma complexidade já de si indesejada.
Grande é Golias e
mais longa ainda sua sombra.
Vitória, domingo, 23
de março de 2003.
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