quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017


Os Ratos Aprisionados

 

Eike Batista foi condenado a 44 anos de prisão e Sérgio Cabral a 50 anos na soma das penas. Evidentemente elas não serão cumpridas até o fim, até porque, para começar, não pode haver prisão por mais de 30 anos de uma vez só.

Depois, eles não ficam mesmo esse tanto, há advogados (Deus-i-Natureza deve ter tido um motivo para cria-los, os caminhos de i são insondáveis, deve haver algum proveito, só é difícil de alcançar) que os tiram e reduzem a pena, à custa de muito dinheiro que, afinal de contas, fomos nós que produzimos, pois sairá de suas contas nos infernos fiscais, para onde foi levado o que tiraram de nós.

Talvez fiquem alguns anos em cárcere, depois liberdade condicional (tem de ir dormir na prisão – não se pode dizer que seja), depois liberdade vigiada por tornozeleira eletrônica (também não é total) e segue, até o retorno manchadíssimo à coletividade livre, vergonha para a esposa, os filhos (sofrerão implicância nas escolas, filhos de ladrão), os poucos amigos que restaram (a maior parte fugirá, mandará dizer que não está), pai e mãe, os desconhecidos, qualquer um na rua (serão xingados abertamente).

Esses condenados saem do topo da fama para debaixo da lama.

NÃO POSSO MAIS VIVER ASSIM AO SEU LADINHO (diz a Blitz)

Topo da fama.
Debaixo da lama.
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Adriana Ancelmo na cela em Bangu 8.
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Em Paris, de bicicleta, feliz como pinto no lixo.
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Em Gericinó, infeliz no lixo.

Quase dá para ter pena deles.

Quase.

Daria, se não pensássemos nos milhares ou milhões que passaram necessidades ou mesmo fome, ou até morreram em razão desses 10 trilhões (calculados pela turma de Moro) tirados do povo brasileiro.

Tantas dificuldades, tantas mortes.

Como diz a música de Billy Blanco, “maior o coqueiro maior o tombo do coco afinal” – tantos cocos-orgulhosos tombaram no Brasil (e muitos mais tombarão).

O TOMBO DE TANTOS

A Banca do Distinto
Billy Blanco
 
Não fala com pobre, não dá mão a preto, não carrega embrulho
Prá que tanta pose doutor?
Prá que esse orgulho?
A bruxa que é cega, esbarra na gente, a vida estanca
O infarto te pega doutor, acaba essa banca

A vaidade é assim, põe o tonto no alto, retira a escada
Fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do tonto
Afinal, todo mundo é igual, quando o tombo termina
Com terra por cima e na horizontal

Não fala com pobre, não dá mão a preto, não carrega embrulho
Prá que tanta pose doutor?
Prá que esse orgulho?
A bruxa que é cega, esbarra na gente, a vida estanca
Trombose te pega doutor, acaba essa banca

A vaidade é assim, põe o tonto no alto retira a escada
Fica por perto esperando sentada
Cedo ou tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro maior é o tombo do coco afinal
Todo mundo é igual quando o tombo termina
Com terra por cima e na horizontal

Os ratos andam na noite, festejam, fazem porcaria e finalmente são pegos e aprisionados. Não é à toa que choram e se desesperam.

Vitória, quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017.

GAVA.

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