GH das Fotos
Fui à Assembléia
Legislativa do ES, prédio novo na Enseada do Suá, defronte do Shopping Vitória,
e vi lá uma exposição de fotos, nas quais na maioria dos casos os ambientes ou
as pessoas eram identificadas. Pensando através da lente do modelo vi como tudo
era insuficiente.
Primeiro, não há
identificação da PESSOAMBIENTE (PESSOA: indivíduos, famílias, grupos, empresas;
AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo – será sempre a Terra,
por enquanto). Depois, não há a identificação psicológica (de figuras ou de
psicanálises, de objetivos ou de psico-sínteses, de produções ou de economias,
de organizações ou de sociologias, de espaçotempos ou geo-histórias). No caso
da Economia, de agropecuárias/extrativismos, de indústrias, de comércios, de
serviços, de bancos. No caso da Geo-História, de geografias e de histórias, por
meio de suas representações baixas, cartografia e jornalismo.
Não é mostrado em
que cidade estamos, nem em que rua, nem como era antes de ser como é agora, ou
como é agora, depois da foto apresentada, e pelo mesmo ângulo. Não podemos
referenciar o presente com o passado, não podemos nos situar. Ficamos perdidos
no tempo e no espaço.
Ora, o ideal seria
um programáquina que pudesse dar a Rosa dos Ventos (Norte/Sul, Leste/Oeste), o
que aconteceu antes e o que depois, as linhas de geo-história – pois de outro
modo perdemos o interesse -, situando aquela foto em particular na GH e na
Psicologia mais ampla.
Exatamente por não
ser feito isso é que nos desinteressamos desses conjuntos de fotos, que para
nós nada significam. Elas não estão conectadas com os lugares que conhecemos
hoje NEM PARA OS QUE SÃO DO LUGAR, quanto mais para os de fora. Do jeito que é
feito é gasto inútil de tempo, de espaço, de recursos materiais e humanos; é
uma tolice, é até tortura.
Vitória,
segunda-feira, 05 de maio de 2003.
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