terça-feira, 14 de fevereiro de 2017


Onde Estão as Armas de Destruição em Massa?

 

                            Ouvi na padaria a TV informar que os parlamentares britânicos estão perguntando onde estariam as armas de destruição em massa que Blair, primeiro ministro britânico, e Bush, presidente americano, disseram existir no Iraque, como motivo para a invasão daquele país neste 2003.

                            Evidentemente a resposta é que: nos EUA, na Rússia e países detentores delas na CEI, Comunidade dos Estados Independentes, na China, na França, na Grã-Bretanha, em Israel, até em outros países ocidentais, menos na Alemanha, na Itália e no Japão, proibidos de se rearmarem, sob qualquer condição. Até o Brasil pode tê-las, ou a Argentina, ou qualquer país metido do Ocidente. Cuba, com sua medicina e biologia avançadas, pode tê-las, a algumas milhas da costa da Flórida. Mas lá os EUA já tentaram ir e se deram mal na Baía dos Porcos, tendo então imposto o bloqueio, desde a década dos 1960, há 40 anos já.

                            Armas físicas, armas químicas, armas biológicas/p.2 e quem sabe até armas psicológicas/p.3 ou informacionais/p.4 de destruição em massa, inclusive a tal de “guerra cibernética”, já anunciada, que não pode existir, como já demonstrei, pelo menos por enquanto. Estão lá as pavorosas bombas A (atômicas), H (de hidrogênio), N (de nêutrons), fragmentadoras, de pulso eletromagnético, a superbomba convencional “mãe de todas as bombas” motivo de gozação, mas bem real e destrutiva.

                            Com a propaganda toda nós pensamos que o Iraque estava superarmado, superpreparado, e o que se viu pelo que a Veja mostrou eram soldados de capacetes furados por balas, coisas amarradas com farrapos, andrajosos. Certo que Saddam Hussein era um ditador, mas ditadores existiram na América Latina, no Brasil, na Argentina, no Chile, no Peru, em toda parte, sem que os EUA interviessem em qualquer momento, inclusive nos 21 anos de ditadura no Brasil, de 1964 a 1985, porque era “ditadura amiga” (de quem?), só no Brasil tendo sumido em torno de 70 mil pessoas, fora que na Argentina pode ter sido cinco vezes isso, para população de um quinto.

                            Eis os disparates.

                            Não que Saddam seja perdoável, pelo contrário, e os filhos dele são sejam muito mais horríveis, devem mesmo todos ser castigados.

                            Só que os EUA e a Grande-Bretanha mentem.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de abril de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário