sábado, 4 de fevereiro de 2017


Obesidade Pessoambiental

 

                            Como já vimos, não é só a pessoa (indivíduo, família, grupo e empresa) que é gorda, os ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) também o são. Os ambientes e as pessoas, as pessoambientes optam pela gordura excessiva, que é um estado psicológico (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) geral GORDO, obeso, mórbido, doentio. As produções são gordas (muito açúcar, muita gordura, muita massa em toda parte) e as empresas embarcam na onda: bolos, doces, picolés, sorvetes, cervejas, salgadinhos, bombons, caramelos, biscoitos, uma lista infinita de produtos, vá fazer o dever de casa e sua tese de mestrado ou doutorado.

                            Em algum momento as lideranças e os políticos decidiram que a pacificação interna deveria varrer a solução e o equilíbrio dos problemas para debaixo do tapete da consciência, o remédio sendo entupir as pessoas de engordurantes. Se há uma queixazinha que seja, lá vai comida. Em todos os reclames lá está o excesso de alimentos. Nos filmes, nas rádios, nos jornais, nas revistas, nas TV’s, na Internet, nos livros, em tudo está presente o estímulo de comer e beber sem parar guloseimas cada vez mais atrativas.

                            Houve essa opção. Em algum instante inflectiu, quando os governantes do Executivo, os políticos do Legislativo, os juizes do Judiciário decidiram em suas mentes facilitar o processo de engorduramento geral. Pois as empresas poderiam ter sido orientadas a produzir outras coisas, já que a direção quem dá é o Estado, até contrariando a presumida vontade geral, como no caso dos cigarros, mais recentemente, e de vários vícios, como beber excessivamente, o que não aparece mais nos filmes.

                            A obesidade de 56 % de americanos não é a causa, é o efeito deletério de uma opção louca dos governempresas de lá e dos do Brasil também. Em lugar de gente saudável porque compreende o mundo, pretendeu-se obter quietismo através da superalimentação e o resultado aí está: 500 mil mortos por ano em razão direta da obesidade.

                            Vitória, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003.

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