terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


O Lago Ness

 

                            Não sabia onde ficava o Lago Ness, não aparece na Barsa Eletrônica, mas pela Britannica dá para saber que o Loch Ness fica na Escócia, um dos quatro países da Grã-Bretanha. Decepcionantemente tem o mesmo comprimento que a Lagoa Juparanã, 23 milhas ou 36 quilômetros, embora seja incomparavelmente mais profundo, pois atinge 240 metros ou 788 pés, enquanto a nossa lagoa em Linhares não deve chegar a mais que algumas dezenas de metros. Em área também é muito maior, com 1.800 km2 ou 700 milhas quadradas, enquanto a Juparanã não deve atingir mais que 100 km2.

                            Agora, é lá que fica o MONSTRO DO LAGO NESS, muito famoso, ao passo que no ES se existe algum monstro deve estar fazendo política e não escondido debaixo d’água.

                            Em todo caso, quando pensamos em qualquer criatura, devemos visualizar a mesopirâmide, até onde é possível. No caso humano consta de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos, empresas) em AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações, mundo). E há os super-reinos biológicos/p.2: fungos, plantas, animais e antropóides. O MLN (monstro do Lago Ness) come e é comido (nós mesmo seremos devorados pelos vermes). Tem família (ou deve ser bem longevo, já que vem sendo “visto” há bastante tempo) e filhos e filhas, quer dizer, esposa (ou marido) e rebentos. Casa, lugar para passear, quem sabe amigos! Como é que uma comunidade assim tão festiva pode permanecer escondida sem ser inteligente? Pois, veja, são 1.800 km2, mas isso é apenas 1/25 da área do ES – é bastante, mas não é tanto assim. Não estamos falando das vastas águas oceânicas, onde no total estão 340 milhões de km2, mas de algo bem mais modesto.

                            Em todo caso, o MLN vive num cenário. Come plantas, peixes, moluscos, conchas, o quê? Onde dorme? Pois há a Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança, transporte). Quanto à segurança, é predado, é atacado? Quando a gente traz o MLN do cenário fantástico para a realidade uma série de impedimentos se avoluma e dificulta tudo, pois na verdade ele tem uma quantidade de necessidades materiais, corriqueiras, como a de defecar, de fazer sexo, umas coisinhas assim. Por outro lado, quando despimos os seres de seus atributos de realidade quase tudo se pode fazer, como nos desenhos animados. Mas aí não é tão absorvente, é?

                            Vitória, sexta-feira, 14 de março de 2003.

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