terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


No Ramo dos Sanduíches

 

                            Lembrando do Bauru (345 km da capital, quase 300 mil habitantes), que foi feito em homenagem a essa cidade de São Paulo, pensei que poderíamos fazer o mesmo em relação ao Espírito Santo, do qual quero destacar Linhares, onde morei, e Burarama, que é distrito de Cachoeiro de Itapemirim (onde nasci). Não se trata de mim, mas ficaria bem estranho eu colocar uma qualquer cidade e um não-específico distrito, porquanto me perguntariam as razões – as pessoas não aceitam bem não haver motivo algum.

                            Além disso, Burarama e Linhares são nomes únicos, não-compostos, um com quatro e outro com três sílabas, ambos têm muitas vogais, o que soa bem; por razão não especificada os latinos se apóiam bastante nelas. Diz-se que são macias, redondas as palavras que as possuem.

                            São as idéias 291/9 e 291/10, como se verá no anexo.

                            Repare que cada coisa deve ter um apelo diferente.

                            No caso do Linhares é o triângulo, com um centro no pão do meio que reterá a pasta e os temperos, em sua maior parte. Um triângulo eqüilátero com círculo no meio é, por motivo desconhecido - em todo caso místico -, denominado Coroa de Deus, creio que em virtude de haver um centro no triângulo, equivalente à produção de um modelo viável, equilíbrio dos três. O par polar oposto/complementar tem um terceiro motor, que é a solução, e os três juntos seriam assim sinalizados, pelo menos na explicação do modelo.

                            No caso do Burarama é o fato de ele ser enrolado, como um rocambole de pão bem fino, espécie de árabe, com pasta colocada internamente, passada como se fosse manteiga, e tudo enrolado e posto num saco redondo, como um cilindro envolto por plástico, impedindo que a pessoa se suje, como já se faz com sanduíches retangulares ou quadrados, só que nesse caso com esse arredondado, menos ofensivo em termos de plasticidade.

                            A divulgação dos dois nomes no país (e até, auspiciosamente, no mundo) servirá não só de propaganda como, pelo alardeamento das qualidades dos dois lugares, de atrator de atenção e, quem sabe, de investimentos.

                            Se for possível oferecer a uma das grandes redes, McDonalds e Bob’s, seria melhor, com uma parte da remuneração sendo uma quantia inicial, com um valor ínfimo sendo pago por cada sanduíche, mas não sei se a atitude quase monopolista, em todo caso bipolar, em conjunto hegemônica, os faria aceitar. Se aceitarem deixar a cargo deles a negociação posterior. Talvez seja o caso de fazer e vender, ou começar uma rede própria. Preparar-se para fornecimento em grandes escalas a quem copie a idéia e para comprar ações e cotas dos competidores, como exposto nos textos dos livros. Talvez se deva ganhar aí e não em processos que visem impedir a disseminação (o que, de fato, pode ser virtualmente impossível, a menos de um grande suporte de retaguarda).

                            Vitória, quinta-feira, 20 de março de 2003.

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