Não se Deprecie,
Homem
No que dizem ser o
último livro de Will Durant, o grande historiador, em português publicado como O Livro de Ouro dos Heróis da História
(uma breve história da civilização, da Antiguidade ao alvorecer da Era
Moderna), Rio de Janeiro, Ediouro, 2002, no original americano de 2001 apenas Heroes
of history (heróis da história), p. 91, ele diz: “A alma do indivíduo é
uma fagulha passageira na chama da vida, em interminável mutação. O homem é um
momento espasmódico dessa chama (...)”.
Por mais que eu
goste de Durant esse é um exemplo do que denominei “racionalismo amebiano”, o
raciocínio das amebas, que está mais bem expresso por ele na página 82: “Quem
somos nós – ácaros numa poeira passageira – para podermos compreender o universo?
”
Na seção humorística
da TV brasileira, Rede Globo, havia um quadro em que certa mulher se satisfazia
na autocomiseração, insistindo em flagelar-se espiritualmente, ao que um
personagem dizia: “não se deprecie, mulher”, falando a ela como a todas, ao
sexo inteiro, firmando-o para a luta por melhores condições de vida e trabalho,
por respeito e dignidade socioeconômica.
Aqui digo o mesmo a
Durant e a todos os seres humanos.
O ser humano é
PESSOA (indivíduo, família, grupo ou empresa) em AMBIENTE (município/cidade,
estado, nação ou mundo); não é ácaro ou inseto, é ser racional em extremada
construção. Está bem que diante de Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI, tudo fenece de
real grandeza, mas mesmo assim há um propósito em tudo, e não é pequeno para os
seres humanos e todos os racionais. Não é bom acanhar-se e rebaixar-se assim,
mormente para Durant, que é apreciado verdadeiramente, nem para qualquer ser
humano, por menos que tenha feito em sua tela de vida.
Vitória,
terça-feira, 11 de março de 2003.
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