terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


Mister Zeus

 

                            Das lendas sobre o Rei dos Deuses, Theos Pater (Deus Pai) dos persas, Zeus dos gregos, Júpiter dos romanos era o Casanova ou o Don Juan do Olimpo, a morada dos deuses, tanto com os deuses quanto com as mortais, o que deixava sua esposa, Hera, mortalmente enraivecida. Os “rancatocos” entre marido e mulher eram de abalar as fundações do Céu (que já era outro deus).

                            Em todo caso isso rende um filme piloto e uma série muito engraçada, porque mostrará que um homem pós-contemporâneo, pós-iuppie, bonitão ou charmoso ou com dinheiro ou decidido ganhará todas as mulheres que quiser, bastando ter sabedoria, gentileza, grandeza d’alma, fidalguia e outras qualidades sonhadas por elas. Uma hora ele é índio, branco, preto, amarelo; outra é um bandidão; outra um arqueólogo, a variedade seria infinita, completamente maleável. As peripécias do Grande Zeus para papar a mulherada seriam engraçadíssimas, por certo, mas em todo caso ele iria deparar com alguma (ou algumas) que não iriam querer, por este ou aquele motivo, mesmo com todo aquele charme (e deve-se insinuar que se trata de charme grande, enorme). A cara do pobre Mr. Zeus será certamente de dar dó. E assim por diante. Não sei porque não pensaram nisso antes.

                            Vitória, segunda-feira, 17 de março de 2003.

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