Mapas de Números
Você sabe, os mapas
são formas das estruturas subjacentes, as quais podem ser perfeitamente
definidas em termos de números: 1. números para longitude, latitude, altitude
(esquerda/direita, para cima e para baixo; para fora e para dentro do plano
retangular do cartograma ou mapa); 2. números de cores; 3. números simbólicos
das convenções de interpretação, etc. Os mapas cartográficos, e quaisquer uns,
podem ser convertidos em representações binárias (e são, nas transferências de
Internet e outras), como em Matrix. As máquinas “vêem” assim, desse jeito, como
conjuntos de números.
Em dois artigos
deste Livro 31, Números do Corpo e O Espectro de Números, pedi completo
estabelecimento dos números que definem o Plano da Criação (prefiro chamar de
Desenho de Mundo, porque é mais profissional, menos passional). Aqui se trata
de coisa bem diferente, embora possa parecer aos desavisados semelhante.
Desde quando Pitágoras
existiu e fundou sua escola o Ocidente poderia ter compreendido as distâncias
parentais entre os números de todas as coisas, se tivesse se atido à
matemática, sem atentar ao apelo da soberba da forma. A atração da forma, como
que de um pecado, levou a agigantada observação delas e a convivência excessiva
com elas, ao apego ardente, abrasador, descomunal às imagens. Nisso o Ocidente
se perdeu de sua oportunidade pitagórica de ver diretamente, sem subterfúgios, os
mapas de números, sejam os do corpomente, sejam os da Física/Química, sejam
ainda os gerais das tecnociências e do Conhecimento todo.
Em lugar de ver OS
NÚMEROS, os abstratos, por exemplo, aquelas Idéias platônicas, diretamente,
interagindo MUITO ECONOMICAMENTE com elas, desperdiçamos inumeráveis potências
materenergéticas em voltas incrivelmente longas. Claro, a soma é zero, se perdemos
dois mil e quinhentos anos ganhamos algo no trajeto, não sei o quê – mas deve
estar lá.
Poderíamos ter uma
GRADE NUMÉRICA, através da dialógica e da Matemática ou geometrialgébrica, para
observar toda a Natureza, em seu evolver completo. Tendo a teoria seria fácil
construir as máquinas. A vantagem disso seria a uniformidade, o eixo
TECNOCIENTÍFICO e matemático, sem apelo a opiniões, que variam em volta do
centro. Como exemplo, você colocaria a tela diante de qualquer objeto e tudo
nele seria comparado com os zeros de definição, EXATAMENTE, e não parcialmente.
Quando você vê um prato de comida, sua psique reage segundo SEU METRO, isto é,
segundo suas valorações, sem objetividade; os resultados são os mais
disparatados, levando até a brigas e ao adágio “gosto não se discute”.
Pelo contrário,
queremos discutir os gostos, queremos estudá-los, queremos visualizá-los
segundo programáquinas de desconstrução para depois construí-los melhor.
Vitória,
quarta-feira, 21 de maio de 2003.
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