sábado, 18 de fevereiro de 2017


Mapas de Números

 

                            Você sabe, os mapas são formas das estruturas subjacentes, as quais podem ser perfeitamente definidas em termos de números: 1. números para longitude, latitude, altitude (esquerda/direita, para cima e para baixo; para fora e para dentro do plano retangular do cartograma ou mapa); 2. números de cores; 3. números simbólicos das convenções de interpretação, etc. Os mapas cartográficos, e quaisquer uns, podem ser convertidos em representações binárias (e são, nas transferências de Internet e outras), como em Matrix. As máquinas “vêem” assim, desse jeito, como conjuntos de números.

                            Em dois artigos deste Livro 31, Números do Corpo e O Espectro de Números, pedi completo estabelecimento dos números que definem o Plano da Criação (prefiro chamar de Desenho de Mundo, porque é mais profissional, menos passional). Aqui se trata de coisa bem diferente, embora possa parecer aos desavisados semelhante.

                            Desde quando Pitágoras existiu e fundou sua escola o Ocidente poderia ter compreendido as distâncias parentais entre os números de todas as coisas, se tivesse se atido à matemática, sem atentar ao apelo da soberba da forma. A atração da forma, como que de um pecado, levou a agigantada observação delas e a convivência excessiva com elas, ao apego ardente, abrasador, descomunal às imagens. Nisso o Ocidente se perdeu de sua oportunidade pitagórica de ver diretamente, sem subterfúgios, os mapas de números, sejam os do corpomente, sejam os da Física/Química, sejam ainda os gerais das tecnociências e do Conhecimento todo.

                            Em lugar de ver OS NÚMEROS, os abstratos, por exemplo, aquelas Idéias platônicas, diretamente, interagindo MUITO ECONOMICAMENTE com elas, desperdiçamos inumeráveis potências materenergéticas em voltas incrivelmente longas. Claro, a soma é zero, se perdemos dois mil e quinhentos anos ganhamos algo no trajeto, não sei o quê – mas deve estar lá.

                            Poderíamos ter uma GRADE NUMÉRICA, através da dialógica e da Matemática ou geometrialgébrica, para observar toda a Natureza, em seu evolver completo. Tendo a teoria seria fácil construir as máquinas. A vantagem disso seria a uniformidade, o eixo TECNOCIENTÍFICO e matemático, sem apelo a opiniões, que variam em volta do centro. Como exemplo, você colocaria a tela diante de qualquer objeto e tudo nele seria comparado com os zeros de definição, EXATAMENTE, e não parcialmente. Quando você vê um prato de comida, sua psique reage segundo SEU METRO, isto é, segundo suas valorações, sem objetividade; os resultados são os mais disparatados, levando até a brigas e ao adágio “gosto não se discute”.

                            Pelo contrário, queremos discutir os gostos, queremos estudá-los, queremos visualizá-los segundo programáquinas de desconstrução para depois construí-los melhor.

                            Vitória, quarta-feira, 21 de maio de 2003.

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