Filmes Vitoriosos
Por dois exemplos de
desastres talvez comecemos a montar uma receita para a vitória, especialmente
se pudermos ter uma comparação filmográfica de feição tecnocientífica.
Em Final Fantasy (Fantasia Final, e espero
que seja mesmo o primeiro e o último) o herói morre no final, o prometido amor
com a heroína não se cumpre para a constituição da família, há uma solitária
águia (uma só, sem par familiar) vagando sem rumo no céu, a Terra apresenta-se
quase totalmente devastada, o cenário é um lixo só, bem ao estilho
destrutivista do rock pesado trash, puro entulho mesmo.
No detestável filme
de Stephen Spielberg, AI (do inglês,
Artificial Intelligence, IA, Inteligência Artificial em português), o robô
sobrevive vários milhares de anos para ser depois descoberto por alienígenas
arqueólogos no fundo de geleiras, sendo posto para funcionar de novo numa Terra
vazia, aparentemente sem humano algum.
Ô vontade que essa
gente tem de acabar com a Terra, sô!
Como diz o povo,
“deixa ela, seu! ”
O universo existe
porque há amor, porque um primeiro átomo juntou-se a um segundo e assim por
diante, vindo dar em nós. O vetor da continuidade da espécie é o amor familiar
no ninho de criação. Conseqüentemente o amor romântico, que funde o par
fundamental, é essencial em todo filme = AMOR, na Rede Cognata. E que prazer
teremos em ver a Terra sendo destruída, como em Titã, da Disney, creio? Lá também, logo de cara o planeta é
destruído, depois no final sendo construída uma Terra II, sei lá, fiquei com
raiva. Que prazer terei em ver minha casa sendo arrasada e indo morar no
estrangeiro?
Enfim, esse tipo de
filme está fadado ao fracasso, mesmo se os nomes de proa de direção, de
produção, de ação (atores e atrizes) nos levam a vê-lo. Virá a decepção. O
oposto dessas porcarias são os filmes vitoriosos, os das grandes sagas para
juntar homem e mulher, etc., tudo aquilo que Hollywood já soube fazer.
Vitória,
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário