sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017


Filmes Vitoriosos

 

                            Por dois exemplos de desastres talvez comecemos a montar uma receita para a vitória, especialmente se pudermos ter uma comparação filmográfica de feição tecnocientífica.

                            Em Final Fantasy (Fantasia Final, e espero que seja mesmo o primeiro e o último) o herói morre no final, o prometido amor com a heroína não se cumpre para a constituição da família, há uma solitária águia (uma só, sem par familiar) vagando sem rumo no céu, a Terra apresenta-se quase totalmente devastada, o cenário é um lixo só, bem ao estilho destrutivista do rock pesado trash, puro entulho mesmo.

                            No detestável filme de Stephen Spielberg, AI (do inglês, Artificial Intelligence, IA, Inteligência Artificial em português), o robô sobrevive vários milhares de anos para ser depois descoberto por alienígenas arqueólogos no fundo de geleiras, sendo posto para funcionar de novo numa Terra vazia, aparentemente sem humano algum.

                            Ô vontade que essa gente tem de acabar com a Terra, sô!

                            Como diz o povo, “deixa ela, seu! ”

                            O universo existe porque há amor, porque um primeiro átomo juntou-se a um segundo e assim por diante, vindo dar em nós. O vetor da continuidade da espécie é o amor familiar no ninho de criação. Conseqüentemente o amor romântico, que funde o par fundamental, é essencial em todo filme = AMOR, na Rede Cognata. E que prazer teremos em ver a Terra sendo destruída, como em Titã, da Disney, creio? Lá também, logo de cara o planeta é destruído, depois no final sendo construída uma Terra II, sei lá, fiquei com raiva. Que prazer terei em ver minha casa sendo arrasada e indo morar no estrangeiro?

                            Enfim, esse tipo de filme está fadado ao fracasso, mesmo se os nomes de proa de direção, de produção, de ação (atores e atrizes) nos levam a vê-lo. Virá a decepção. O oposto dessas porcarias são os filmes vitoriosos, os das grandes sagas para juntar homem e mulher, etc., tudo aquilo que Hollywood já soube fazer.

                            Vitória, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003.

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