Espectro de Percepção
O que significa
isso, precisamente, fica um pouco mais difícil de determinar no modelo que no
conhecimento anterior. Eis o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, nele a pontescada
tecnocientífica, nela a fração da pontescada científica (Física/Química,
Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6).
Vejamos a micropirâmide (patamar físico-químico:
campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas; patamar
biológico/p.2: replicadores, células, órgãos, corpomentes) e a mesopirâmide (patamar psicológico/p.3,
PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; patamar informacional/p.4,
ainda não aparecido, enquanto seres-novos com essa dimensão FUNCIONAL, de
AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo).
Veja que ao corpo
correspondem os sentidos externos (visão, audição, paladar, olfato, tato) e à
mente os sentidos internos ou interpretadores, portanto, ao corpomente ou indivíduo
os sentidinterpretadores externinternos. Se há um S/I E/I da visão no
corpomente humano, que VÊ, com tudo que isso implica, há-o também nas pessoas
seguintes (família, grupo, empresa), baseado naquele dos indivíduos
constitutivos. Uma família vê mais que seus membros; grupos mais que as
famílias características; empresas mais que os grupos dela. Que dizer dos
ambientes?
Veja que a largura,
a profundidade, a altura da visão municipal/urbana é incomparavelmente mais
larga, profunda, alta que a das pessoas dentro do município/cidade. Numa cidade
como São Paulo são dezoito milhões de indivíduos e outro tanto de visões
presentes, sem falar no passado, de que se guarda memória, e do futuro que virá
– os indivíduos não vêem simultânea ou seqüencialmente mais que uma fração
ridícula do todo da visão da cidade de São Paulo.
Há que contar
também, como eu já disse, que teremos para a visão, mesmo no indivíduo, um
espectro que estatisticamente podemos classificar como indo de um a cem (1 a
100), em geral a maioria da gente estando em torno da média. A composição visão
x audição x paladar x olfato x tato poderia ir de (1)5 = 1 a (100)5
= 1010, as chances sendo praticamente nulas de algum ser humano
estar num ou noutro extremo.
Observe que
telescópios (ver longe), microscópios (ver dentro), computadores (supermemórias
e grande rapidez de processamento), carros (rodar ligeiro), navios (viajar
sobre a água) e tudo mais que inventamos, como alguém já viu faz tempo, foi
dilatação do ser humano.
O ser humano isolado
está longe de ter qualquer utilidade hojaqui. O que existe, mesmo, é o
super-humano, o coletivo de produção. Não mais aquele par fundamental sapiens
sapiens de 200 mil anos atrás, o ADÃO Y e a EVA MITOCONDRIAL, mais ou menos do
mesmo espaço e do mesmo tempo, cujos descendentes acabaram por reunir-se e
fundir-se nisso que veio dar no HSS de 50 mil anos atrás, finalmente na
civilização de 10 mil anos passados e em nós.
Dessa forma, houve
uma expansão formidável, ainda não vasculhada em toda a sua potência, não
explicitada em sua magnífica capacidade. Não fazemos idéia, sequer imperfeita,
quanto mais completa, de toda a vastidão, nem da utilidade dos novos
sentidinterpretadores externinternos da coletividade. Seria interessante
investigar e demonstrar.
Vitória,
terça-feira, 25 de março de 2003.
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