O Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática), abre-se na pontescada tecnocientífica, a porção alta sendo a
pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4,
Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6).
Ora, por definição
(e colocação pelo modelo num novo quadro) Deus é infinito, onisciente,
onipotente, onipresente, etc., todas aquelas coisas. No modelo concluímos que
Deus não pode deixar de existir, enquanto houver universo; havendo universo há
Deus; melhor, Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI. Se Deus é esse salto para o infinito,
nada pode acompanhá-lo, de forma que todo conhecimento, por mais vasto que
seja, é nada perante Deus, por definição e aceitação lógica.
Assim sendo, embora
na vida as pessoas devam se empenhar, por definição todo estudo é apenas
turvação da alma, ou, como disse Salomão (tirado da página 82, segundo Durant,
citado neste Livro 25): “Eu, o Pregador, fui rei de Israel em Jerusalém. E
dediquei-me a investigar e a sondar com sabedoria tudo o que é feito sob o céu:
é a pior ocupação que Deus determinou que os filhos dos homens exercessem. Vi
todas as obras que são feitas sob o sol e eis que tudo é vaidade e tormento do
espírito (...) pois muita sabedoria é muito sofrimento, e quem aumenta o
conhecimento aumenta a dor (Eclesiastes, 1:12-18) ”.
Evidentemente não se
deve aconselhar o fim dos estudos, pelo contrário, eles não afastam de ELI,
aproximam, porque por mais que se estude nunca é possível compreender senão uma
porçãozinha minúscula do todo, e inferir dessa fração insignificante o
completamento da Equação de Mundo, do Desenho da Criação, é pura presunção.
Como se disse,
devemos nos manter na douta ignorância, que é o máximo a que se pode chegar.
Salomão estava desiludido e os seres humanos não devem se deixar guiar pela desilusão.
Contudo, o outro lado também é errado, imaginar que é possível o esgotamento –
por mais que a humanidade viva.
Vitória,
quinta-feira, 13 de março de 2003.
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