segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017


Constantes

 

                            Veja em anexo toda uma página de constantes da Física, no livro de Halliday & Resnick, Ótica e Física Moderna, Rio de Janeiro, LTC, 1991, Apêndice B, p. 331. Há seis blocos de cinco, 6 x 5 = 30 delas, e ninguém presta a mínima atenção, sem falar que os átomos são também constantes físicas.

                            De fato, o modelo espera que elas existam em todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática, onde aparecem com o nome de transcendentais, que transcendem, que estão sempre indo além, que nunca terminam, nem se repetem), em especial na pontescada tecnocientífica e em particular na pontescada científica (constantes físicas e químicas; constantes biológicas e p.2; constantes psicológicas e p.3; constantes informacionais e p.4; constantes cosmológicas e p.5; constantes dialógicas e p.6).

                            As CONSTANTES FÍSICAS são aquelas e mais algumas que devem aparecer, ou já o fizeram, mas não estão perfeitamente determinadas, por exemplo, a constante de expansão cósmica ou de Hubble, de cerca de 70 anos-luz por segundo por megaparsec (milhão de PARSEC, por segundo, 3,26 anos-luz, então para cada 3,26 milhões de anos-luz), e a contida na Terceira Lei de Kepler.

                            E o que seriam tais constantes?

                            Como c, velocidade da luz no vácuo, 2,99792458. 108 m/s, ou 300 mil km/s, como é mais constantemente lida, não podem ser senão aqueles lugares em que o universo É CONSTANTE, imutável, nas fronteiras, nas BORDAS DE DESENHO do que denominei ESPAÇOTEMPO DE CONFIGURAÇÃO, onde este outro espaçotempo no qual vivemos, este Uo surgido no BBo (big bang zero, por falta de nome melhor, a grande explosão, precedida do grande estresse) apareceu e pôde se expandir.

                            Enfim, SÃO CONSTANTES DE DESENHO, ou seja, delimitadores, contentores, definidores, demarcadores, balizadores, fixadores, terminadores. É onde o universo termina, é onde ele não pode ir além, é onde ele se contralimita. Não vai além daquilo.

                            Por quê faz assim? Por quê são esses valores e não outros? Se fossem outros como o universo seria? O universo como tem sido visto é o já desenhado – ninguém se deu ao trabalho de imaginar como o universo pareceria se os valores das constantes mudassem ainda que ligeiramente. Creio que esse haveria de ser um exercício muito maior e mais válido, mais interessante e entusiasmante.

                            Vitória, segunda-feira, 17 de março de 2003.

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