Constantes
Veja em anexo toda
uma página de constantes da Física, no livro de Halliday & Resnick, Ótica e Física Moderna, Rio de Janeiro,
LTC, 1991, Apêndice B, p. 331. Há seis blocos de cinco, 6 x 5 = 30 delas, e
ninguém presta a mínima atenção, sem falar que os átomos são também constantes
físicas.
De fato, o modelo
espera que elas existam em todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática, onde aparecem com o nome de
transcendentais, que transcendem, que estão sempre indo além, que nunca
terminam, nem se repetem), em especial na pontescada tecnocientífica e em
particular na pontescada científica (constantes físicas e químicas; constantes
biológicas e p.2; constantes psicológicas e p.3; constantes informacionais e
p.4; constantes cosmológicas e p.5; constantes dialógicas e p.6).
As CONSTANTES
FÍSICAS são aquelas e mais algumas que devem aparecer, ou já o fizeram, mas não
estão perfeitamente determinadas, por exemplo, a constante de expansão cósmica
ou de Hubble, de cerca de 70 anos-luz por segundo por megaparsec (milhão de
PARSEC, por segundo, 3,26 anos-luz, então para cada 3,26 milhões de anos-luz),
e a contida na Terceira Lei de Kepler.
E o que seriam tais
constantes?
Como c, velocidade
da luz no vácuo, 2,99792458. 108 m/s, ou 300 mil km/s, como é mais
constantemente lida, não podem ser senão aqueles lugares em que o universo É
CONSTANTE, imutável, nas fronteiras, nas BORDAS DE DESENHO do que denominei
ESPAÇOTEMPO DE CONFIGURAÇÃO, onde este outro espaçotempo no qual vivemos, este
Uo surgido no BBo (big bang zero, por falta de nome melhor, a grande explosão,
precedida do grande estresse) apareceu e pôde se expandir.
Enfim, SÃO
CONSTANTES DE DESENHO, ou seja, delimitadores, contentores, definidores,
demarcadores, balizadores, fixadores, terminadores. É onde o universo termina,
é onde ele não pode ir além, é onde ele se contralimita. Não vai além daquilo.
Por quê faz assim?
Por quê são esses valores e não outros? Se fossem outros como o universo seria?
O universo como tem sido visto é o já desenhado – ninguém se deu ao trabalho de
imaginar como o universo pareceria se os valores das constantes mudassem ainda
que ligeiramente. Creio que esse haveria de ser um exercício muito maior e mais
válido, mais interessante e entusiasmante.
Vitória,
segunda-feira, 17 de março de 2003.
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