sábado, 4 de fevereiro de 2017


Consequências Benéficas da Guerra

 

                            As pessoas não gostam de admitir, mas tratando o par polar oposto/complementar paz/guerra como soma zero 50/50, o lado da guerra também contribui, como dialética do oposto do oposto, não do não.

                            Uma das contribuições mais notáveis vem justamente da negação subseqüente da monogamia. Em razão da imposição universal da paridade 50/50 entre homens em mulheres, em todos os conjuntos (PESSOAIS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTAIS: municípios/cidades, estados, nações e mundo) com números suficientemente grandes, quando falta uma quantidade de homens abrem-se os costumes – mulheres que nunca seriam notadas e teriam seus genes rejeitados tornam-se cobiçáveis, os costumes afrouxam a monogamia, os jovens transam mais cedo, na Segunda Guerra as mulheres foram às fábricas, há um rebaixamento da moralização forçada, uma certa licenciosidade temporária. Mulheres casadas têm filhos com outros, viúvas e viúvos voltam a casar em tempo mais breve e assim por diante, a investigar.

                            Há mais estímulo geral à sexualidade, como forma de proteger a espécie. Seria interessante procurar saber quanto da liberação pós-guerra deveu-se imediatamente ao fim dela e quanto ao terror nuclear, que pela primeira vez prometia extinguir a espécie humana. Como ficam os países em relação à moral anterior depois de um conflito?

                            As perguntas inversas também são cabíveis: se há liberação sexual e bastante uniões PRODUTIVAS (homossexuais não contam) o impulso para a guerra diminui e dá-se o fechamento moralizante?

                            Vitória, segunda-feira, 10 de março de 2003.

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