Colapso do
Capitalismo
Em seu livro O Pensamento do Fim do Século, Porto
Alegre, L&PM, 1993, subtítulo O
Olhar Filosófico, primeiro capítulo, Jürgen Habermas (Alemanha 1929 – à
data da Barsa eletrônica ainda vivo) O Holofote
da Racionalidade, p. 18, este filósofo diz: “Esta é uma pergunta de muita
amplitude. Falar do colapso do
capitalismo, creio, hoje, ninguém mais sustenta”, negrito meu.
Pois muito bem, eu
sustento.
Sustento que o
Capitalismo entrará em colapso.
Veja que os modos
políticadministrativos são Escravismo, Feudalismo, Capitalismo, Socialismo,
Comunismo e Anarquismo, tendo passado dois, faltando três, estando a humanidade
no terceiro, terceira onda. Então, dois modos sucumbiram e do Capitalismo
ficaram para trás duas ondas, agora em posição de dominadas, com a terceira, do
Capitalismo de primeiro mundo, sendo a dominante.
Antes do Capitalismo
dois modos que também não iam entrar em colapso entraram e ninguém sequer
deseja a volta do “melhor dos mundos” popperiano que eles foram, cada um a sua
vez. O Escravismo era maravilhoso para os patrícios, mas não para os escravos
deles; o Feudalismo era fantástico para os nobres, mas não para os servos
deles; o Capitalismo é formidável para os burgueses, mas não para os operários
deles.
Por ser onda que
sobe e desce o Capitalismo também colapsará, irremediavelmente. Na realidade,
como diz a música (creio que de Vinícius de Moraes e Toquinho), “como é que dá
para entender, a gente mal nasce e já começa a morrer”. Talvez não dê para
entender, mas é assim mesmo, é assim mesmo até para os modos P/A, que têm
períodos de séculos. Tudo sobe e desce, tudo que sobe tem de descer, porque há
gravidade = QUEDA, na Rede Cognata. Há gravidade físico/química, biológica/p.2
e psicológica/p.3. Há, necessariamente, queda – está implícita na ordem do
Mundo.
Assim sendo, o
Capitalismo cairá, colapsará, sofrerá não uma apenas mas várias quedas.
Habermas estava errado em setembro de 1989, quando a entrevista foi dada, e
outros antes estiveram e depois dele vários estarão. Algumas coisas do
Capitalismo geral não desaparecerão, umas boas e outras ruins, como dos modos
anteriores também não. Mas o Capitalismo enquanto dominância desaparecerá sim,
com toda certeza.
Vitória, domingo, 06
de abril de 2003.
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