Círculos e
Experimentos
É claro que a
Ciência não é um circo, nem ninguém está pedindo que seja, mas agora que os
cientistas aceitaram como nobre a divulgação científica e os documentários que
servem de porta voz entre a linha de frente da produção tecnocientífica e o
público leigo, não custa nada avançar palmo a palmo até obter essa configuração
nova.
Que consistiria
nisto:
1. Preparar objetos semelhantes (de
preferência muito parecidos) àqueles da experiência original para repeti-la
diante de plateias sucessivas, recriando diante dos círculos espectadores as
experiências;
2. Criar com modelação computacional, a
computação gráfica, moldes 3-D e em realidade virtual mostrando essa mesma
experiência, só que agora com vistas explodidas das partes dos aparelhos;
3. Expor o significado profundo para a
tecnociência e os desdobramentos práticos à população de cada descoberta;
4. Insistir muito em perguntas, até o
esgotamento do assunto;
5. Realizar retroalimentação com a
presença do público, de modo que a apresentação vá se tornando cada vez mais
próxima da compreensão direta;
6. Fornecer folhetos gratuitos e vídeos,
DVD’s, CD’s pagos com as experiências acumuladas a quem desejar comprar, bem
como os destinando às escolas;
7. Percorrer todos os estados, em suas
principais cidades, fazendo mesmo propaganda para atrair o máximo de pessoas,
combinando com as escolas a apresentação, de modo que a T/C receba o máximo de
cobertura da mídia e seja efetivamente vista e debatida pelo máximo de alunos e
professores;
8. Contratar profissionais que tornem os
assuntos atrativos, pois se trata mesmo de vender um produto, ainda que
favorável a todos e cada um.
A tecnociência não pode manter-se recuada,
esperando que todos a aceitem espontaneamente. É preciso promover ativamente,
de modo que ela receba cada vez mais investimentos no Brasil e na América
Latina.
Vitória, segunda-feira, 24 de março de
2003.
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