quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017


Círculos e Experimentos

 

                            É claro que a Ciência não é um circo, nem ninguém está pedindo que seja, mas agora que os cientistas aceitaram como nobre a divulgação científica e os documentários que servem de porta voz entre a linha de frente da produção tecnocientífica e o público leigo, não custa nada avançar palmo a palmo até obter essa configuração nova.

                            Que consistiria nisto:

1.       Preparar objetos semelhantes (de preferência muito parecidos) àqueles da experiência original para repeti-la diante de plateias sucessivas, recriando diante dos círculos espectadores as experiências;

2.      Criar com modelação computacional, a computação gráfica, moldes 3-D e em realidade virtual mostrando essa mesma experiência, só que agora com vistas explodidas das partes dos aparelhos;

3.      Expor o significado profundo para a tecnociência e os desdobramentos práticos à população de cada descoberta;

4.     Insistir muito em perguntas, até o esgotamento do assunto;

5.      Realizar retroalimentação com a presença do público, de modo que a apresentação vá se tornando cada vez mais próxima da compreensão direta;

6.     Fornecer folhetos gratuitos e vídeos, DVD’s, CD’s pagos com as experiências acumuladas a quem desejar comprar, bem como os destinando às escolas;

7.      Percorrer todos os estados, em suas principais cidades, fazendo mesmo propaganda para atrair o máximo de pessoas, combinando com as escolas a apresentação, de modo que a T/C receba o máximo de cobertura da mídia e seja efetivamente vista e debatida pelo máximo de alunos e professores;

8.     Contratar profissionais que tornem os assuntos atrativos, pois se trata mesmo de vender um produto, ainda que favorável a todos e cada um.

A tecnociência não pode manter-se recuada, esperando que todos a aceitem espontaneamente. É preciso promover ativamente, de modo que ela receba cada vez mais investimentos no Brasil e na América Latina.

Vitória, segunda-feira, 24 de março de 2003.

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