quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017


Cadê as Mulheres?

 

                            Podemos fazer, para cada uma das (dizem que são) 6,5 mil profissões, uma lista de participação das mulheres – evidentemente encontraremos vastas áreas de ausência, especialmente naquelas mais rudes, onde por natureza da mesma rudeza ou por oportunismo as mulheres não estarão presentes - seja lista absoluta, uma por uma, ou relativa, percentual. Grandes zonas mortas se mostrarão.

                            Podemos perguntar pelas mulheres no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), em particular na pontescada tecnocientífica, em especial na pontescada científica (Física/Química, Biologia;/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6).

                            Podemos igualmente indagar pela presença delas na políticadministração de PESSOAS (além do indivíduo, de famílias, de grupos, de empresas) e de AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo). Poderíamos esgotar esse assunto no modelo, o que seria bem interessante mesmo levantar em totalidade.

                            Entrementes, aqui e agora quero perguntar de outra forma: ONDE ESTÁ A FEMINILIDADE DAS MULHERES? Por quê um gato renunciaria à sua condição especial para se tornar um cachorro, ou vice-versa? Não é perverso, isso? Por quê as mulheres devem resignar à sua condição para se tornarem semelhantes aos homens? Por quê vestir terno e adotar atitudes masculinas se elas têm uma identidade maravilhosa, que nós amamos? É uma coisa totalmente esquisita, sob meus olhos, essa perversidade do pseudomovimento feminino, essa coisa feminista, sendo todo “ismo” doença do info-controle ou comunicação mais apto. Há aí uma falha de comunicação, de propósito. Uma falta de visão notável, uma dessas confusões do século XX, uma distorção, algo de demoníaco.

                            Para quê vir à vida se só encontrarmos homens? Para quê candidatar-se à monotonia da unidade? Unidade é bom, companhia do semelhante, mas diversidade é o que nos faz vibrar, afinal de contas.

                            Vitória, quinta-feira, 03 de abril de 2003.

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