Cadê as Mulheres?
Podemos fazer, para
cada uma das (dizem que são) 6,5 mil profissões, uma lista de participação das
mulheres – evidentemente encontraremos vastas áreas de ausência, especialmente
naquelas mais rudes, onde por natureza da mesma rudeza ou por oportunismo as
mulheres não estarão presentes - seja lista absoluta, uma por uma, ou relativa,
percentual. Grandes zonas mortas se mostrarão.
Podemos perguntar
pelas mulheres no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), em particular na pontescada
tecnocientífica, em especial na pontescada científica (Física/Química,
Biologia;/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6).
Podemos igualmente
indagar pela presença delas na políticadministração de PESSOAS (além do
indivíduo, de famílias, de grupos, de empresas) e de AMBIENTES
(municípios/cidades, estados, nações e mundo). Poderíamos esgotar esse assunto
no modelo, o que seria bem interessante mesmo levantar em totalidade.
Entrementes,
aqui e agora quero perguntar de outra forma: ONDE ESTÁ A FEMINILIDADE DAS
MULHERES? Por quê um gato renunciaria à sua condição especial para se tornar um
cachorro, ou vice-versa? Não é perverso, isso? Por quê as mulheres devem
resignar à sua condição para se tornarem semelhantes aos homens? Por quê vestir
terno e adotar atitudes masculinas se elas têm uma identidade maravilhosa, que
nós amamos? É uma coisa totalmente esquisita, sob meus olhos, essa perversidade
do pseudomovimento feminino, essa coisa feminista, sendo todo “ismo” doença do
info-controle ou comunicação mais apto. Há aí uma falha de comunicação, de
propósito. Uma falta de visão notável, uma dessas confusões do século XX, uma
distorção, algo de demoníaco.
Para quê vir à vida
se só encontrarmos homens? Para quê candidatar-se à monotonia da unidade?
Unidade é bom, companhia do semelhante, mas diversidade é o que nos faz vibrar,
afinal de contas.
Vitória,
quinta-feira, 03 de abril de 2003.
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