sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017


Capitais e Nações

 

                            Evidentemente as pessoas não fazem as investigações possíveis, nem sequer as mais necessárias, sobre os bancos de dados.

                            Por exemplo, não temos uma listagem mundial das megalópoles, reconhecidas como tal, ou das metrópoles, ou das cidades grandes e das cidades médias, ou, de baixo para cima, das menores, e de uma série de curiosidades, nem para o mundo nem para cada nação.

                            A população da Argentina era em 2001 de 37,5 milhões, representando o aglomerado de Buenos Aires, capital, 12,0 milhões ou 32 %, quase um terço dos habitantes do país. Por comparação a capital brasileira, Brasília, tinha 2,0 milhões para a população nacional em 2000 de 169,6 milhões ou 1,2 % apenas – o que mostra que numericamente a capital de nosso país não interfere em nada.

                            Quanto o 1 % das cidades significa no contexto geral, em cada país? As capitais dos estados ou províncias são também as maiores cidades? Como se sabe, nos EUA não são as capitais as maiores cidades, pelo contrário, tiveram o cuidado de desvincular. Quanto representam os 10, 20, 40 % de cidades? Quantas cidades caberiam na maior? Quantos habitantes estão nas 10 maiores? E assim por diante, a variação é ilimitada. Quanta representação as cidades têm nos congressos? Qual a mais alta e a mais baixa? Qual é a geo-história das cidades? Dá para fazer um livro imenso, analisando todas as abordagens da questão. O curioso é que não o tenham feito. Para quem já avançou relativamente tanto, a humanidade é ainda bem boboca. Falta um livro de fotos. De computação gráfica, de vias de aproximação das cidades, de tudo que está no modelo.

                            Vitória, sexta-feira, 16 de maio de 2003.

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