sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017


Brasíadas

 

Chamada obra máxima de Camões (Luís Vaz de, 1524/5 a 1580) e da língua portuguesa, Os Lusíadas (de Luso, indicação do povo português, personagem mitológico, suposto filho ou descendente de Baco, primeiro habitante da península ibérica), conta a geo-história dos portugueses desde as supostas origens olímpicas daquele povo. Infelizmente o épico não foi ainda filmado, ao contrário das obras de Shakespeare (Willian, 1564 a 1616), um seu contemporâneo anglo-saxão.

Por homologia, peço aqui a construção de um paralelo do povo brasileiro, naturalmente remontando à vertente portuguesa, mas não só, investindo também nas demais contribuições européias-brancas, americanas-vermelhas, africanas-negras e asiáticas-amarelas, ou seja, reunindo as quatro raízes deste povo-novo, como o chamou Darcy Ribeiro. Poderíamos pegar Os Lusíadas como homenagem aos descobridores (das oportunidades – pois eles não falam de Descobrimento e sim de Achamento) como raiz maior ou principal, juntando-se as outras depois. Dá um belo filme-piloto, com um seriado a seguir.

Um grande escritor poderia fazer, mas talvez seja interessante juntar um grupo inteiro de profissionais. Quem sabe estes reunindo os elementos, aquele compondo a saga, ou trabalhando todos juntos, sob encomenda, mas não ufanista ou orgulhosa e sim honrada e consciente.

Sempre achei que o Brasil vai ser importante no futuro e tenho lá minhas razões para estimular algo assim. Aqui o povo trabalhou muito, mercê das sobre-dificuldades apresentadas por elites tapadas e ignorantes de sua missão histórica, sempre deitadas em berço esplêndido. Isso deve ser retratado.

Vitória, terça-feira, 13 de maio de 2003.

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