Brasíadas
Chamada obra máxima de Camões (Luís
Vaz de, 1524/5 a 1580) e da língua portuguesa, Os Lusíadas (de Luso, indicação do povo português, personagem
mitológico, suposto filho ou descendente de Baco, primeiro habitante da
península ibérica), conta a geo-história dos portugueses desde as supostas
origens olímpicas daquele povo. Infelizmente o épico não foi ainda filmado, ao
contrário das obras de Shakespeare (Willian, 1564 a 1616), um seu contemporâneo
anglo-saxão.
Por homologia, peço aqui a construção
de um paralelo do povo brasileiro, naturalmente remontando à vertente
portuguesa, mas não só, investindo também nas demais contribuições
européias-brancas, americanas-vermelhas, africanas-negras e asiáticas-amarelas,
ou seja, reunindo as quatro raízes deste povo-novo, como o chamou Darcy
Ribeiro. Poderíamos pegar Os Lusíadas como homenagem aos descobridores (das
oportunidades – pois eles não falam de Descobrimento e sim de Achamento) como
raiz maior ou principal, juntando-se as outras depois. Dá um belo filme-piloto,
com um seriado a seguir.
Um grande escritor poderia fazer, mas
talvez seja interessante juntar um grupo inteiro de profissionais. Quem sabe
estes reunindo os elementos, aquele compondo a saga, ou trabalhando todos
juntos, sob encomenda, mas não ufanista ou orgulhosa e sim honrada e
consciente.
Sempre achei que o Brasil vai ser
importante no futuro e tenho lá minhas razões para estimular algo assim. Aqui o
povo trabalhou muito, mercê das sobre-dificuldades apresentadas por elites
tapadas e ignorantes de sua missão histórica, sempre deitadas em berço
esplêndido. Isso deve ser retratado.
Vitória, terça-feira, 13 de maio de
2003.
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