Briga de Bar
Sabe aquela coisa de
briga de bar, quando um começa e outros que nem estavam associados ao olho do
furacão vão sendo atingidos, a seguir mais, e depois todos estão na refrega?
Pois bar = TERRA, na Rede Cognata, de modo que vamos analisar a Primeira Guerra
Mundial, com dados da enciclopédia Conhecer
Universal, São Paulo, Abril Cultural, tomo 13, p. 2606:
·
Apesar
de cumprir todas as exigências da Áustria, menos uma, ela declarou guerra à
Sérvia em 28 de julho de 1914;
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Em
1º de agosto a Alemanha, aliada da Áustria, declarou guerra à Rússia;
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Em
2 de agosto, com base em falsa notícia, a Alemanha declarou guerra à França;
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No
dia 6 o império Austro-Húngaro formalizou sua declaração de guerra à Rússia;
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Como
no dia 4 a Alemanha invadira a Belga, sendo ela protegida da Grã-Bretanha, esta
entrou no conflito a 23 de agosto;
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No
dia seguinte o Japão, do outro lado do mundo e sem mais nada a fazer, declarou
guerra à Alemanha;
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A
29 de novembro a Turquia aliou-se ao império Austro-Húngaro;
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Mais
adiante, em 1915, o transatlântico Lusitânia foi torpedeado e afundou, fazendo
os EUA entrarem na disputa em 1917;
·
A
Itália, até então à parte da belicosidade geral, firmou um acordo secreto com o
Reino Unido, oferecendo-se para declarar guerra ao império Austro-Húngaro, o
que fez a 24 de maio de 1915.
Assim a coisa prosseguiu, é
geo-história, vá ler.
Como começam os conflitos de bar?
Alguém sem querer pisa no calo de
outrem, que dá um soco no suposto ofensor, erra, bate em outro e tudo vai
caindo como um dominó.
Não foi ainda estudado o cenário geral
das guerras e o papel destas como desobstrutoras dos canais de circulação de
info-controle, até então travados com simbolismos capilares e obstrutores demais.
Tudo estava congelado, empedrado, cristalizado, endurecido e a guerra vem como
uma tesoura que rompe os antigos vínculos, estabelecendo outras ligações e
dando novo ímpeto aos fluxos de info-controle ou comunicação, fundindo velhas
memórias que estavam impossivelmente separadas no modo antigo. Os motivos mais
fúteis são levantados para principiar os choques. Creio que isso merece
investigação a fundo por parte da Academia. Que gêneros de trivialidades foram
avocados para fazer jus geo-histórico a esses enfrentamentos que a razão não
sustenta?
Porque, racionalmente, seria possível
resolver. Então, o apelo não é à razão, é ao sentimento, ao brio, à dignidade,
ao amor próprio, a todas essas coisas que depois podemos ver claramente ser irracionais
enquanto artifícios para forçar a guerra generalizada.
Qual o motivo de a Natureza agir
assim, de tempos em tempos? Quais os pretextos colocados por ela para promover
essas “limpezas” de tempos em tempos, num ciclo que parece bem definido?
Vitória, segunda-feira, 10 de março de
2003.
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