quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017


Bandoleiros

 

                            Então, finalmente, aparece uma nave espacial próxima da Terra, os alienígenas chegando para fazer arruaças, pilhando e destruindo com sua tecnociência e Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) superiores, mas na realidade sendo, como veríamos depois, apenas de um bando de adolescentes que veio se divertir no fim de semana, vindo logo atrás a polícia numa nave incomensuravelmente maior - com paralelo naqueles filmes americanos de Faroeste (Far/West, oeste distante).

                            As chamadas “autoridades” internacionais, presidentes e chefes de estado, ficariam assombradas, pensando tratar-se de uma invasão alienígena, quando seria apenas um bando de garotos querendo festejar. Isso rende toda uma série, a polícia alien instalando uma delegacia nas proximidades do planeta para proteger os camponeses, os atrasados habitantes da periferia galáctica.

                            Isso, naturalmente, serviria para arrefecer o orgulho humano com as recentes conquistas do Conhecimento geral e da tecnociência humana, permitindo-nos ver-nos sob ótica mais modestinha.

                            A questão é a seguinte: como desenvolver o argumento de um grupelho de garotos indo até o povoado para fazer zona? Como eles seriam? O que haveria de grande lá no mundo deles? Como seriam os pais e as mães? Se têm um poder tão grande a ponto de fazer frente a bombas nucleares, que dirá sua remota coletividade?

                            Vitória, segunda-feira, 28 de abril de 2003.

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